PT paga R$ 2,3 mi para quitar dívida de 11 anos com João Santana pela campanha de Dilma

Estadão Conteúdo

O diretório nacional do PT quitou uma dívida antiga com os marqueteiros João Santana e a sócia e esposa dele, Mônica Moura, referente à campanha presidencial de Dilma Rousseff à reeleição em 2014. O pagamento de R$ 2,3 milhões à empresa do casal está detalhado na prestação de contas do partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O casal e o PT firmaram um acordo em abril deste ano determinando que a sigla faria um pagamento único à Polis Propaganda e Marketing LTDA, empresa dos marqueteiros, no valor de R$ 2,2 milhões e de cerca de R$ 531 mil reais divididos em cinco parcelas a partir da homologação do documento.

O acordo extrajudicial reduziu a dívida, que estava em R$ 9 milhões, em valores atualizados, para R$ 4 milhões. O partido já havia quitado parte do débito em contratos anteriores.

"Após a efetiva homologação deste acordo pelo Juízo responsável, as partes desistirão de todos os recursos que, porventura, ainda estejam pendentes de julgamento por qualquer instância do Poder Judiciário", determina o contrato. O partido confirmou que a dívida foi totalmente quitada e o processo foi encerrado.

Casal de marqueteiros foi condenado na Lava Jato

João Santana foi marqueteiro do PT e responsável pelas campanhas vitoriosas de reeleição de Lula, em 2006, e de Dilma em 2010 e em 2014, além de outras campanhas estaduais em São Paulo.

Somadas as campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) e de Fernando Haddad em sua primeira eleição à Prefeitura de São Paulo (2012), Santana recebeu mais de R$ 160 milhões por serviços prestados ao PT.

O marqueteiro foi preso, em março de 2016, na 23ª fase da Operação Lava Jato, sob suspeita de ser beneficiado por caixa 2. Em 2017, Santana e sua mulher, Monica Moura, fizeram delação premiada na operação que levou à prisão do presidente Lula.

As sentenças e processos foram anulados e Santana retornou ao mercado de campanhas eleitorais. Em 2021, o marqueteiro assinou contrato de R$ 250 mil mensais com o PDT para trabalhar na campanha de Ciro Gomes.

Em junho do ano passado, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu à João Santana e Mônica Moura, a decisão que beneficiou o presidente Lula e anulou provas do acordo de leniência assinado pela Odebrecht para escapar da Operação Lava Jato.

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