PSOL elege nova presidente com brigas e gritos de guerra entre militantes

Nova presidente Paula Coradi representa vitória da ala de Guilherme Boulos, que apoia o governo Lula

O Liberal
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O Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) se encerrou no domingo, elegendo a historiadora Paula Coradi como presidente da legenda. A eleição representa o triunfo do grupo liderado pelo deputado federal Guilherme Boulos, que apoia o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a vertente MES (Movimento Esquerda Socialista), que advoga a independência do partido e tem a parlamentar Sâmia Bomfim como uma de suas líderes. O evento foi marcado por brigas entre militantes e uma disputa de gritos de guerra entre as duas principais correntes internas do partido.

A chapa "Todas as Lutas", encabeçada por Paula Coradi, obteve 300 votos, enquanto o grupo "Bloco Democrático de Esquerda" conquistou 147 votos. A vitória de Coradi representa um triunfo das correntes Primavera Socialista e Revolução Solidária, consideradas "menos radicais". Essas vertentes defendem uma proximidade com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o apoio do PT a candidaturas municipais do PSOL na próxima eleição,em 2024, como a de Guilherme Boulos em São Paulo.

Presidente discursa e militantes brigam

Após sua aclamação como presidente da legenda, Paula Coradi expressou sua visão sobre os desafios futuros: "Temos muitos desafios pela frente e espero que o PSOL continue sendo a grande referência para os movimentos sociais, indígenas, antirracistas, de mulheres, e que pense a luta ambiental em que exista pessoas no território, não só como uma preservação crua da natureza."

Antes do anúncio do resultado, foi exibido um vídeo em homenagem ao ex-presidente do partido, Juliano Medeiros, que ocupou o cargo na Executiva Nacional do PSOL nos últimos seis anos. Juliano faz parte do grupo Primavera Socialista, que faz parte da chapa vencedora.

O evento também foi marcado por um confronto entre militantes de diferentes vertentes do partido, que chegaram às vias de fato e precisaram ser separados por outros membros da legenda. O motivo do conflito foi uma observação sobre Leon Trotsky, o revolucionário russo assassinado em 1940, reverenciado por alguns grupos dentro do PSOL.

A disputa de hinos de guerra entre os grupos Primavera Socialista e Movimento Esquerda Socialista também chamou a atenção e foi objeto de discussão entre observadores estrangeiros que acompanharam o Congresso.

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