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Protesto na 'Almirante' bloqueia parcialmente trecho entre Tavares Bastos e Júlio César

Por volta das 21h, ato alcançou o pico em volume de pessoas  

Valéria Nascimento
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Por volta das 21h, desta quarta-feira (2), Feriado de Finados, o protesto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Almirante Barroso, em Belém, visivelmente alcançou o maior número de adesões desde que o ato começou na última segunda-feira (31), motivado pela insatisfaão com o resultado das eleições presidenciais que elegeram Luiz Inácio Lula da SIlva (PT), presidente da República. Em grande número, homens e mulheres não cabiam mais na calçada e tomaram as duas pistas, e, por vezes, até a terceira pista, deixando só a via do BRT livre para o trânsito de carros de passeio e ônibus.

Ainda que houvesse manifestantes pedindo que as pessoas ficassem nas calçadas ou atrás da faixa que indica o fim da primeira pista, isso não se materializou por causa do volume de gente nos dois sentidos da avenida, no quarteirão entre as avenidas Tavares Bastos e Júlio César.

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De longe, a manifestação parecia uma grande festa de rua, similar ao que se costuma ver nas grandes comemorações da Copa do Mundo, sobretudo, porque as pessoas se vestem com a camisa da seleção brasileira de futebol e portam a bandeira brasileira.

Velocidade baixa e atenção de condutores

Até próximo das 21h30, não se observou o bloqueio total do trecho. Os carros seguiam passando no quarteirão do protesto, mas com bastante lentidão. O grande número de pessoas no meio da rua exigia, além de velocidade baixa dos veículos, muita atenção dos condutores para que não ocorresse um eventual atropelamento.

Apesar do risco de as pessoas andarem entre os carros, balançando bandeiras e cantando, o clima no local era de alegria coletiva, embalada por músicas de diversos carros, alguns, com caixas de som potentes. A trilha musical predominante variava entre os hinos nacional e da independência do Brasil e músicas evangélicas dançantes. Também tocavam marchinhas carnavalescas bastante comuns no governo militar, nas décadas de 60 e 70.  

Muita gente chegava com cadeiras de casa e sentava para apreciar a movimentação. Havia quem sentava mesmo no asfalto rente à calçada. Sirenes, vuvuzelas, buzinas de carro, o barulho, por vezes, era ensurdecedor, aliado à queima de foguetes, pistolas e até fogos frios coloridos no céu.

Palavras de ordem

Um homem vestido de verde e amarelo puxava palavras de ordem da traseira de uma caminhonete com caixas de som em altíssimo volume. Ele falava sobre intervenção federal de um microfone e incentivava as pessoas a todo momento, com frases como "Nossa bandeira não é vermelha". Em vários momentos, se cantou o hino nacional.

Os bombeiros fecharam o acesso à passarela do quarteirão dos dois lados. A estrutura estava lotada de manifestantes, mas todos desceram. Segundo os bombeiros, havia riscos, porque esta passarela sofreu um abalroamento há alguns anos, quando uma carreta ficou engatada sob ela, e alterou a estrutura metálica, que precisou ser substituída.

Entre as pessoas, ouvia-se comentários sobre estarem no ato, nesta quarta-feira, desde a manhã. Uma senhora contou para uma amiga que só havia ido em casa próximo às 18h, para tomar banho, jantar e logo voltou para a manifestação.

"Na hora do sol forte, teve gente que passou mal aqui", disse ela à amiga, em frente à sede da Polícia Federal, no quarteirão. Próximo delas, uma van adesivada com o nome Bolsonaro em verde-amarelo distribuía água para os manifestantes. Uma das mulheres que distribuia a água junto com homens informou que chegaria mais água, e café com leite. 

Quase na esquina da Almirante Barroso com a Tavares Bastos havia a concentração de quatro viaturas da Semob, Detran, PM e da Guarda Municipal, mas os agentes da segurança pública se limitavam a acompanhar a intensa movimentação dos manifestantes, sem interferência alguma. 

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