‘Por que não me convocaram?’, questiona Bolsonaro após pedido de indiciamento na CPMI do 8/1
Ex-presidente negou qualquer participação em tentativas de golpe de Estado, crime do qual é acusado no relatório final da Comissão
Ex-presidente negou qualquer participação em tentativas de golpe de Estado, crime do qual é acusado no relatório final da Comissão
Após a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro ter aprovado, nesta semana, o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais de 60 pessoas, ele questionou o motivo de não ter sido convidado a depor. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal na manhã deste sábado (21), o ex-chefe do Executivo brasileiro negou qualquer participação em tentativas de golpe de Estado, crime do qual é acusado no relatório final da CPMI.
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Elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão, o documento foi aprovado com 20 votos a favor, 11 contrários e uma abstenção. O relatório propõe que Jair Bolsonaro seja indiciado por crimes como associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de depor um governo legítimo e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.
“Por que não me convocaram? Eles têm maioria na Comissão. É simples. ‘Ah, 8 de janeiro’. Não era mais eu no governo. ‘Ah, ele pensou em dar um golpe’. Desde o primeiro dia do meu governo de 2019 a imprensa vinha me acusando de querer tomar medidas autoritárias. Nada aconteceu. Me aponte uma ação minha à margem da lei. Nenhuma”, garantiu Bolsonaro, durante entrevista ao Grupo Liberal.
Além do ex-presidente, a lista de indiciados inclui nomes como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado. Além disso, estão na lista o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.