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Políticos do Pará manifestam apoio ao deputado Daniel Silveira: 'tornozeleira é um excesso'

Réu no Supremo em uma ação que investiga participação em atos antidemocráticos e ataques às instituições, Daniel Silveira foi obrigado pelo ministro Alexandre de Moraes a usar tonozeleira eletrônica

O Liberal

Desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o deputado federal Daniel Silveira use tornozeleira eletrônica, na última terça-feira (29), vários políticos aliados do presidente Jair Bolsonaro se manifestaram contra a decisão e em apoio ao parlamentar. Alguns deputados do Pará usaram as redes sociais para prestar solidariedade a Silveira, que é réu no Supremo em uma ação que investiga participação em atos antidemocráticos e ataques às instituições.

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O deputado estadual Delegado Caveira (PP), por exemplo, esteve em Brasília e publicou foto visitando o que chamou de “gabinete/alojamento” de Silveira. De terça para quarta-feira, Daniel Silveira passou a madrugada em seu gabinete para não ter que usar o equipamento eletrônico. “Cite o nome de políticos no Brasil deveriam estar presos ou usar tornozeleira eletrônica?”, completou Caveira.


Já o deputado federal Eder Mauro (PL) publicou um vídeo gravado ao lado de Silveira, no plenário da Câmara, na noite da última terça-feira. “Não podemos aceitar que outro Poder venha a intervir aqui dentro. Você tem direito de palavra, de opinião, de voto, e você tem a imunidade assegurada não só pelo Regimento (da Câmara), mas pela Constituição”, diz o parlamentar paraense, na gravação.


“Não podemos aceitar que um ministro do qual eu discordo do posicionamento, possa estar intervindo, inclusive determinando prisão de uma deputado federal, como poderá também de senador e quem sabe, se deixarem andar do jeito que está, até do presidente da República. Pra mim, é uma forma de opinião ideológica, em relação a estar perseguindo de uma forma monocrática os deputados, as pessoas que se manifestam, jornalistas, todos aqueles que são conservadores e de direita”, completou Eder Mauro.

Também deputado federal pelo Pará, Paulo Bengtson (PTB) publicou uma foto, nesta quarta-feira (30), ao lado de Daniel Silveira e Soraya Manato, anunciando a filiação dos dois o PTB. “Bem vindos ao partido da família e da liberdade!”, escreveu.


Para Joaquim Passarinho (PL), o caso envolvendo Daniel Silveira “já passou do limite do razoável”. Ele considera a tornozeleira um excesso. “Assim com as falas agressivas contra a Corte! Tenho sérias divergências com o STF por seu “ativismo político”, pena que estamos gastando tempo e energia com isso!”, escreveu em seu Twitter.


Decisão

De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, o deputado Daniel Silveira vem desobedecendo medidas restritivas impostas pelo Justiça, por isso deve usar a tornozeleira para ser monitorado, conforme determinado na última terça-feira (29).

Para não cumprir a decisão, o deputado chegou a dormir em seu gabinete, de terça para quarta, na esperança de que a polícia não entrasse no Congresso para cumprir a ordem judicial, uma vez que há o entendimento por parte de alguns parlamentares de que o Congresso é inviolável e a polícia não poderia entrar para cumprir medida cautelar contra um deputado.

Policiais federais e civis estiveram no local na tarde desta quarta, mas Silveira continuou se recuando a cumprir a medida. Moraes então determinou que o Banco Central bloqueasse as contas bancárias ligadas ao deputado, para garantir o pagamento de uma multa diária de R$ 15 mil. Durante a noite, o deputado concordou em colocar uma tornozeleira eletrônica e voltou para casa.

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