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parlamentares do Pará opinam sobre o que deve acontecer na janela partidária

Parlamentares reforçaram que partidos estão em processo de discussão e construção de alianças; e comentaram sobre a filiação de Bolsonaro ao PL

Natália Mello
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A um mês do período que começa o que se chama no meio político de “janela partidária”, o momento ainda é de muita incerteza e de oportunidade de diálogo, segundo parlamentares federais e estaduais do Pará. O senador Zequinha Marinho (PL) e os deputados federais Celso Sabino (PSL) e Vivi Reis (PSOL), e o deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Chicão (MDB), também comentaram sobre a recente filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL.

“Aqui estamos recebendo todo mundo, temos pessoas ligando e perguntando, são sinais positivos com relação à questão partidária, e o partido estará aberto ao diálogo e apto a receber novos parceiros”, disse Zequinha. “A vinda do Bolsonaro para o PL tem melhorado e atraído a filiação de muita gente, isso, para nós, é altamente positivo, porque o presidente tem uma aceitação boa no estado do Pará, e grupos de pessoas que o apoiam nos quatro cantos do estado, isso tem sido um reflexo muito positivo”, avaliou o senador.

O que é a janela partidária

A janela partidária ocorrerá de 3 de março a 1º de abril e permite que, neste período, deputadas e deputados federais, estaduais e distritais troquem de partido para concorrer ao pleito deste ano sem perder o mandato. O prazo de 30 dias sempre é concedido aos parlamentares em ano de eleição, seis meses antes do pleito.

O deputado federal Celso Sabino (PSL) reforça que o partido tem avançado com o diálogo para chegar a uma convergência partidária. A fase, segundo ele, é decisiva em ano eleitoral e o grupo político tem aproveitado para estabelecer boas relações em todo o Estado nesse momento, para que todos tenham a oportunidade de conhecer a legenda e se identificar. “A boa política se faz com muita conversa”, afirmou.

O parlamentar acredita que março será um mês decisivo, quando haverá desincompatibilizações e mudanças de legendas, e comentou sobre a filiação do presidente ao PL. “Ainda não temos um panorama completo, mas certamente teremos trocas relevantes e muitas novidades. Sobre Bolsonaro, toda mudança gera alvoroço e consequentemente novas alterações. No Estado do Pará a movimentação por conta das mudanças de partido dos candidatos à presidência teve um impacto já esperado, porém nada que mude drasticamente o atual cenário político do estado”, finalizou.

Federações

A deputada Vivi Reis (PSOL) relatou que o partido tem concentrado as discussões na constituição de federações e, nacionalmente, tem deliberado estabelecer diálogos com o PCdoB e Rede, visando a constituição de uma federação para disputar as próximas eleições.

“Com o PCdoB, apesar do bom debate político, não conseguimos avançar, mas com a Rede, as negociações estão bem avançadas. Então, a partir dessa definição, que deve ocorrer entre os meses de fevereiro e março, a conjuntura política estará mais nítida. Nesse cenário, o PSOL se coloca como uma alternativa real que pretende ser de massas no enfrentamento do bolsonarismo e do negacionismo, sempre priorizando as lutas sociais, em especial das mulheres, negros e negras, LGBTQIA+ e de ativistas sociais que, diariamente, constroem lutas nos seus territórios e se aproximam do programa defendido pelo nosso partido”, detalhou.

Vivi compartilhou que, no Pará, o PSOL não tem nenhuma perspectiva de que lideranças ou figuras públicas e lideranças migrem de partido. O momento, de acordo com ela, é justamente de atrair novos filiados ao grupo político e de fortalecer as chapas proporcionais. A parlamentar conta que, ao viajar pelo Estado e reunir com sindicalistas, educadores, mulheres, jovens, ativistas ambientais, tem feito o convite para fortalecer “essa ferramenta de luta que é o PSOL”.

Quanto à filiação de Moro ao Podemos e do Bolsonaro ao PL, Vivi opina que, como ocorrem dentro de campo oposto ao PSOL, e ambos projetos de governo são fortemente díspares do que o Partido propõe, não tem um impacto direto. “Isso apenas reforça que o compromisso deles não é partidário e nem coletivo. É um compromisso com seus interesses individuais e de oligarquias políticas que sempre governaram o Pará e o Brasil, e das quais o PSOL nunca fez parte. Pelo contrário, sempre fizemos oposição programática porque entendemos que um partido político tem que ser uma construção coletiva, baseada em propostas e em um projeto de sociedade. E no caso do PSOL, um projeto de sociedade que seja socialista, libertário e democrático”, concluiu.

À espera de adesões

O presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB), disse que as conversas políticas no partido, que é o mesmo do governador Helder Barbalho, seguem intensas, e que o diálogo vem sendo estabelecido com várias lideranças políticas paraenses. “Queremos ver quem será possível de vir como candidato e aqueles estão com o mandato e que queiram vir para o MDB, mas isso definido só a partir de março. A decisão é sempre de acordo com a situação eleitoral, existem muitos comentários, mas não temos certeza de quem irá sair ou mudar de partido”, declarou.

Com a entrada de Bolsonaro ao PL, o partido saiu da base do governo, e Chicão vê isso como uma perda que já aconteceu. “Ele tendo hoje o controle desse partido também a nível nacional fez com que o PL saísse da base do governo. Antes coordenado pelo deputado Cristiano vale, passa a ser coordenado com outro grupo político que não tem sintonia com o atual governador, que é o maior líder político do estado”, finalizou.

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