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Aldo Rebelo acusa EUA e Europa de usar ONGs para evitar que Brasil se torne potência mundial

Ex-ministro alertou para uma "sabotagem" que o Brasil estaria sofrendo por parte de potências ocidentais

Igor Wilson

“Vivemos tempos de sabotagem de nosso futuro”. Foi assim que o político Aldo Rebelo abriu sua fala na reunião de trabalho ‘Os entraves da Amazônia’, realizada na manhã desta terça-feira (08), na sede da Fiepa, em Belém. Enquanto a capital paraense voltava seus olhos para o Hangar Centro de Convenções, onde líderes dos países amazônicos se reuniam na ‘Cúpula da Amazônia’ para discutir temas sobre o desenvolvimento da região, o ex-ministro de Lula, que hoje roda a Amazônia para denunciar irregularidades, falou para um público repleto de produtores e empresários paraenses de diversos setores, mas principalmente do agronegócio.


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Pará é 'mal exemplo' 

Na opinião de Aldo Rebelo, o Pará representa um mal exemplo para as Ongs que atuam na Amazônia, pois é um estado que consegue desenvolver os setores mais sensíveis da região, como a pecuária e a mineração. “Aqui no Pará, que vai sediar a COP 30, é um mal exemplo para essas Ongs, pois o estado está conseguindo desenvolver a economia e ganhar alguima autonomia, já tem pecuária, mineração, vaca”, disse.  

Sobre o Fundo Amazônia, criado pelo Governo Federal, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que tem por finalidade captar e aplicar recursos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal, o ex-ministro acusou as Ongs de mandarem na destinação dos recursos. 

“Foi criado pelo governo brasileiro, mas é mandado pelas Ongs. Ong não deveria receber dinheiro do fundo, o Estado consegue resolver suas questões, elaborar seus projetos, desenvolver. Quando eles não podem impedir projetos, reduzem sua eficiência. A Amazônia é alvo de disputa antes de se chamar assim, e agora não é diferente. Países que nem tem floresta, mandando em nossos recursos, desestabilizando nosso mercado, impedindo o desenvolvimento por medo de nosso desenvolvimento”, disse, criticando o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ibama, Ministério dos Povos Indígenas, Funai.  

“São agentes da imobilização da Amazônia. Como alguém pode dizer que defende o desenvolvimento da Amazônia e permite esse bloqueio? Não considero alguns integrantes desse atual governo como agentes do governo brasileiro, considero como administradores coloniais a serviço de interesses internacionais. Julgo pela prática, por aquilo que a pessoa faz, e não do que ela diz”, disse. 

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