Nova invasão do MST à Embrapa é classificada como 'inadmissível' por presidente da CPI

Tenente Coronel Zucco afirma que o governo Lula é "conivente" com as ações do movimento

O Liberal
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O Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, expressou indignação com a recente invasão do grupo a um centro de pesquisas da Embrapa Semiárido em Petrolina (PE), considerando-a um "deboche com a sociedade". Ele afirmou que o governo Lula é "conivente" com as ações do movimento.

A invasão ocorreu no último domingo (30), às vésperas da abertura do Semiárido Show, evento voltado aos pequenos agricultores da região. Cerca de 1.500 membros do movimento participaram da ação, ocupando totalmente a área de exposições destinada ao evento.

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Invasões são "criminosas", diz Zucco

De acordo com o MST, a decisão de invadir o local foi motivada pelo não cumprimento, por parte do governo Lula, da promessa de destinar áreas para o assentamento das famílias acampadas na região. Zucco criticou a alegação do MST e afirmou que essas invasões serão objeto de investigação na CPI, caracterizando-as como "criminosas".

A retomada das atividades da CPI do MST promete ser intensa, com a participação de líderes do movimento, como João Pedro Stedile e José Rainha Júnior, e a convocação de membros do atual governo Lula para prestar depoimentos.

Nesta retomada, será ouvido o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, com questionamentos sobre o conhecimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acerca das invasões de terra no Brasil, que ocorreram durante o "Abril Vermelho", série de manifestações do MST.

O foco principal do grupo é o ministro da Casa Civil, Rui Costa, considerando que desde março a Abin passou a fazer parte de sua pasta.

A invasão em Petrolina evidencia o descontentamento do MST com a falta de cumprimento das promessas de reforma agrária pelo governo Lula. O movimento afirma que parte dos dois mil hectares da fazenda da Embrapa havia sido prometida para o assentamento das famílias. "Nós elegemos o governo Lula e precisamos que o ministério cumpra seu papel em atender as demandas da reforma agrária e possa cumprir as políticas voltadas para os movimentos sociais e não somente servir aos interesses do agronegócio", disse Jaime Amorim, da direção estadual do MST no Estado.

"Essas invasões deixam claro que o MST desrespeita o governo, o agro e a sociedade. Desde quando um movimento que comete crime tem que dar condições ao governo federal para não invadir?", questionou Zucco, presidente da CPI do MST.

Diante do ocorrido, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) já está ciente da situação e se prepara para emitir uma manifestação oficial a respeito. A ação do MST também aumenta a pressão da oposição no Congresso, com representantes como Rodolfo Nogueira (PL-MS), integrante da comissão, repudiando a invasão e assegurando que a CPI tomará medidas diante do ocorrido.

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