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‘Nos sentimos ameaçados na nossa soberania’, diz Bolsonaro a Biden sobre a Amazônia

O presidente do Brasil também falou sobre eleições, covid-19 e guerra entre Rússia e Ucrânia, no seu primeiro encontro com o presidente dos EUA

O Liberal

O presidente da República, Jair Bolsonaro, teve o primeiro encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira (9), em Los Angeles, durante a Cúpula das Américas, que reúne chefes de Estado e de governo da região. Na ocasião, Bolsonaro falou sobre meio ambiente, eleições 2022, relação entre Brasil e EUA, covid-19 e guerra entre Rússia e Ucrânia. As informações são do G1 Nacional.

Biden começou afirmando que o Brasil fez "sacrifícios reais" para proteger a Amazônia e que o restante do mundo deveria ajudar a financiar a preservação da floresta. Para ele, preservar a Amazônia é uma "responsabilidade internacional" porque o mundo se beneficia da proteção da floresta.

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Já o presidente do Brasil, ao falar sobre a Amazônia, citou que o país sente que tem sua soberania sobre a região ameaçada. "Por vezes, nós nos sentimos ameaçados na nossa soberania naquela área. Mas o Brasil preserva muito bem o seu território", afirmou, reconhecendo algumas “dificuldades” envolvendo o meio ambiente. "A questão ambiental, temos nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também, por que não dizer, a vontade do mundo. Mas, como disse, somos um exemplo para o mundo na questão ambiental", afirmou.

Bolsonaro também declarou que 85% da Amazônia são preservados, que a legislação ambiental é "bastante rígida" e que o governo faz o possível para cumpri-la.

Ele ainda destacou a importância do país para a produção de alimentos. "O Brasil alimenta mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo com agricultura de ponta, mecanizada, e com tecnologia incomparável em todo o mundo. O mundo hoje, ouso dizer, depende muito do Brasil para sua sobrevivência", declarou o brasileiro.

Eleições

Durante o encontro, Bolsonaro declarou que o Brasil quer “eleições limpas, confiáveis e auditáveis”, para que não sobre dúvida após o pleito. “E tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza que, quando deixar o governo, também será de forma democrática."

Quanto às relações com os Estados Unidos, o presidente brasileiro declarou que os dois países têm tudo para selar suas relações comerciais materializando o eixo Norte-Sul, “porque nossos países se complementam e temos tudo para nos integrarmos cada vez mais e sermos um exemplo para o mundo."

Ao falar sobre a covid-19, voltou a criticar medidas de isolamento, ao citar “as consequências da pandemia com a equivocada política do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'”, segundo ele “agravadas por uma guerra a 10 mil km de distância do Brasil”, declarou. “As consequências econômicas são danosas para todos nós”, completou.

Disse ainda que o governo está à disposição para colaborar na construção de uma saída para o conflito entre Ucrânia e Rússia “porque nós deveremos, pretendemos, torcemos e oramos para que saíamos o mais rapidamente para que não só o Brasil, mas o mundo retorne à normalidade."

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