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No Pará, ministro da Educação defende presidente Jair Bolsonaro de acusações de corrupção

Milton Nascimento participou do encontro técnico entre MEC e FNDS com prefeitos paraenses, no município de Salinópolis

Daleth Oliveira

Nesta sexta-feira, 2, o ministro da Educação Milton Ribeiro participou em Salinópolis, nordeste paraense, do encontro técnico entre representantes do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDS) para atender prefeitos e secretários municipais do Pará. Na ocasião, ele aproveitou para defender o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de acusações de corrupção.

“Nós podemos qualificá-los de adjetivos ruins, mas sou testemunha que não temos um presidente corrupto. Desde que assumi a pasta, em nenhum momento recebi ligação de Bolsonaro pedindo proteção para A, B ou C. Recentemente, eu fui ao gabinete presidencial e levei para ele uma lista de 400 prefeitos corruptos que depois, mandamos para o Tribunal de Contas da União (TCU). Fiz isso porque o presidente pediu”, contou o titular do MEC.

Ontem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Bolsonaro por prevaricação no caso da negociação da vacina indiana Covaxin. Na quinta, 1º, a ministra Rosa Weber cobrou da PGR manifestação sobre notícia-crime enviada por senadores. A PGR havia pedido para aguardar a conclusão das investigações da CPI da Covid, mas a magistrada afirmou que a apuração da comissão não impede a atuação do Ministério Público Federal.

Além do titular da pasta, estiveram presentes: o presidente do FNDS, Marcelo Pontes; o prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto de Sena Filho (PL); e os deputados federais Éder Mauro e Joaquim Passarinho (PSD).

 

EVENTO NO PARÁ

A programação teve como objetivo esclarecer dúvidas sobre os programas, políticas públicas e prestação de contas dos municípios. Durante a programação, os gestores tiveram a oportunidade de conhecer as plataformas de serviços do FNDE e MEC para o desenvolvimento da educação regional.

De acordo com a secretária de Educação de Salinópolis, Márcia Beatriz Gomes, 80 prefeituras confirmaram presença no evento que reuniu cerca de 300 pessoas no ginásio poliesportivo Zeca Faustino, em Salinas, "com respeito ao distanciamento social e medidas de prevenção".

No evento, o gestor da cidade disse que o encontro foi importante para que ele e demais prefeitos entendessem como podem buscar melhorias por meio dos órgãos federais. “Mesmo em momentos de crise, sabemos da importância desse evento, é um momento ímpar para que possamos sugar ao máximo o MEC e o FNDE e saber como melhor proceder na Educação em nossos municípios”, discursou Carlos Alberto.

Para deputado federal paraense Joaquim Passarinho, o encontro foi fundamental para aproximar os municípios do Ministério da Educação.” A ideia é fomentar essa aproximação. Todo o atendimento foi de forma individualizada, em que os técnicos do MEC e FNDE puderam atender cada representante das prefeituras para ouvir as necessidades de cada cidade e assim, orientá-los”, contou.

Segundo ele, atrasos em entregas de obras às comunidades são as queixas mais frequentes dos prefeitos paraenses. “O que podemos perceber aqui é que hoje, os maiores problemas são obras de escolas e creches inacabadas. As verbas que são disponibilizadas não são suficientes para finalizá-las”, detalhou.

 

Cortes na educação

 

Durante sua fala aos prefeitos paraenses, Milton justificou os cortes de verbas na pasta. Segundo ele, com a crise sanitária em que vive o país desde o primeiro trimestre de 2020, início da pandemia da covid-19, o Governo Federal precisou escolher entre investir em educação ou alimentação.

“Quando eu pedi ao presidente que não fizessem cortes na educação, ele entendeu, mas me indagou: “Milton, se coloque no meu lugar, eu tenho que decidir entre mandar dinheiro pra educação ou colocar comida no prato do brasileiro”, disse no encontro. Além disso, o ministro criticou quem reclama da redução de verbas para universidades e escolas. “Tenho certeza que muitos que estão reclamando foram lá na Caixa Federal pegar o auxílio emergencial”, criticou.

 

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