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'Na vida é a Bíblia e no Supremo é a Constituição', diz André Mendonça, em Belém

Ministro recém-empossado agradeceu pelas orações e a Deus por ter sido escolhido para o cargo, durante participação em programa na TV Boas Novas

Natalia Mello / O Liberal

O ministro recém-empossado do Supremo Tribunal Federal (STF) e pastor evangélico, André Mendonça, falou sobre seu alinhamento ideológico, durante entrevista nesta terça-feira (21), dizendo que “na vida é a Bíblia e no Supremo é a Constituição”. O jurista foi recebido pelo pastor e apresentador Samuel Câmara, no programa Voz da Assembleia de Deus, que foi transmitido ao vivo no canal do Youtube da Boas Novas Belém. Também estiveram presentes na entrevista o pastor e desembargador da Justiça do Trabalho, Itamar Fernandes, e a desembargadora do TJE e membro da igreja, Kedima Lyra.

André está na capital paraense para participar do culto de Natal das 19h30, no Centenário Centro de Convenções da Assembleia de Deus, no bairro do Una, em Belém. O evento terá uma cobertura especial em OLiberal.com.

“Vou ter compromisso com a verdade, com a Justiça. Evitar a injustiça, não ter dois pesos, duas medidas. Porque essa influência de valores morais está presente na nossa formação. Nesse sentido, nossa responsabilidade é maior ainda, porque transcende aquilo que simplesmente vemos”, disse. O ministro falou, ainda, sobre sua indicação para o cargo no STF e agradeceu novamente as orações da igreja e a Deus pelo fato de ter sido escolhido. “É a vitória do povo de Deus, no sentido que a ação da igreja, as orações, a intercessão, a comunhão, foram determinantes para o resultado final. Essa vitória marca uma comemoração e mostra que Deus opera na vida dos seus filhos”, declarou.

André conta que, antes da indicação, várias visitas foram feitas, por lideranças da igreja, ao presidente da república, Jair Bolsonaro, e ao Senado, quando atestaram que ele seria, de fato, uma figura para além das qualificações jurídicas necessárias para exercer a função. Mas André conseguiu provar, segundo ele, que seria “alguém que tem uma vida que representaria para o segmento evangélico também”.

“Não que estejamos aqui para representar um grupo, mas a igreja seria representada e valorizada com a minha indicação. E em segundo momento, em visita à capital federal, líderes nacionais da igreja conversaram com o líder do Senado e tantos outros líderes políticos para pedir uma resolução o mais rápido possível para a data da minha sabatina. Pedimos para que Deus conduzisse esse processo”, destacou.

Assista à entrevista:


Convidado especial em Belém

Sobre o motivo da visita à capital paraense, o ministro empossado revela. “Porque aqui, há pouco mais de 110 anos, se iniciou a história de uma igreja que se tornaria a maior igreja evangélica do nosso país. Dos missionários que aportaram aqui, literalmente, com uma mão na frente e outra atrás, e tinham que parar numa praça para pegar manga no pé para se alimentar, e só tinham roupa pessoal além da bíblia e do chamado ministerial, o chamado para construir a maior nação evangélica que nós somos. Vir ao Pará quer dizer muito obrigado ao povo de Deus e à Assembleia de Deus. E dizer que talvez tenha sido a unidade mais forte da igreja ao longo da sua história em torno de uma causa, a minha aprovação como ministro do STF”, afirmou.

O ministro disse ainda que esse seria mais um presente de Deus para mover a igreja e a propagação do evangelho, que não será encerrada com a ascensão dele ao Supremo.  Já quanto à neutralidade na tomada de decisões à frente do STF, ele garante que o compromisso dele será em aplicar a Constituição e as leis de forma justa, porque, segundo ele, se não o fizer, terá de prestar contas com Deus. “A quem é muito dado, muito será cobrado e é com temor e tremor que nós nos colocamos com o poder de decidir uma causa no âmbito do Supremo Tribunal Federal, com impacto nacional, sabendo que vou ter que prestar contas a Deus”, acredita.

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