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Movimento contra a Reforma Administrativa realiza ato no Aeroporto Internacional de Belém

Manifestantes aproveitaram dia de voo para Brasília

Abílio Dantas / O Liberal

Uma mobilização realizada por cerca de 30 sindicatos e movimentos sociais ocorreu nesta tarde no Aeroporto Internacional de Belém, em Val-de-Cans. Os representantes de diversas categorias como técnicos-administrativos das universidades federais, trabalhadores do Ministério Público do Estado do Pará e servidores da Receita Federal se reuniram para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que estabelece a chamada Reforma Administrativa.


O movimento tem como objetivo pressionar os deputadores federais do Pará a se posicionarem contra a PEC. O relatório de Arthur Maia (DEM-BA) foi aprovado na Comissão Especial, em Brasília, mas para a matéria ser aprovada de forma definitiva pela Câmara dos Deputados deve ter o maior número de votos dos parlamentares no plenário, em dois turnos. Caso passe, irá para o Senado Federal, onde também será debatida em Comissão Especial.

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Os líderes sindicais optaram por fazer batucadas, levantar faixas e cartazes durante a tarde para aproveitar o movimento ocasionado por dois voos que iriam de Belém a Brasília, dos horários de 16h35 e 17h30, com o intuito de surpreender alguns dos deputados paraenses e mostrar o posicionamento das categorias.

Zequinha

O senador Zequinha Marinho (PSC) chegou para aguardar o horário de embarque de um dos voos por volta das 16h. Próximo do local onde estavam os manifestantes, que passaram a entoar mais alto cantos e palavras de ordem, o senador afirmou ainda não ter conhecimento de todos os pontos da PEC. "Como a nossa vida é muito corrida, e a matéria ainda não chegou ao Senado; ainda não pude ler o texto, mas a nossa equipe já sabe sobre a matéria. A grande questão do serviço público, na minha opinião, é a eficiência, que precisa melhorar. Acho que às vezes o governo vai com muita sede ao pote, mas os parlamentares existem para buscar um equilíbrio", declarou.

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Pará (Sindfisco-PA), Charles Alcântara, argumentou que a PEC 32 representa a privatização do serviço público. "O texto autoriza que os temporários possam trabalhar por até dez anos. Os governantes que não são comprometidos com o serviço público não vão mais fazer concursos", criticou.

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