'Marcha pela Liberdade' mobiliza apoiadores de Bolsonaro em Belém

Entre 9h e 12h30, o grupo esteve nas ruas da capital prestando apoio ao presidente e se posicionando contra "perseguições"

Elisa Vaz
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se mobilizaram em Belém, na manhã deste domingo (1º), na chamada “Marcha Pela Liberdade”, que, segundo a organização, foi realizada em todas as capitais do Brasil e também em várias cidades do interior dos Estados. A concentração na capital paraense foi na Escadinha do Cais do Porto, na Estação das Docas, a partir das 9h.

Depois, o grupo seguiu caminhada pela avenida Marechal Hermes, passou pelo Ver-o-Peso, andou pelas avenidas Tamandaré e Nazaré e pela travessa Quintino Bocaiúva, até a avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, onde o ato foi encerrado por volta de 12h30.

A estimativa de público pela organização foi de 10 mil pessoas – a reportagem entrou em contato com a Polícia Militar para confirmar este número, mas ainda não obteve retorno.

Durante a mobilização, os apoiadores usavam camisas e bandeiras amarelas e carregavam cartazes com dizeres como “Liberdade é inimiga da corrupção” e “Supremo é o povo”. Diversas lideranças políticas locais estavam presentes.

Na opinião da coordenadora da manifestação, Nana Magalhães, o principal motivo que levou os apoiadores do presidente a irem às ruas foi o protesto contra sanções e perseguições, diz.

“Não somos contra as instituições, muito pelo contrário, como conservadores nós apoiamos e queremos garantir que a nossa Constituição Federal seja respeitada, assim como nós, cidadãos. Mas o que está acontecendo hoje é inaceitável, deputados estão sendo criminalizados por ter uma  opinião. A liberdade dos nossos valores é inegociável”, comenta.

Em 1º de maio é celebrado o Dia do Trabalho, e os manifestantes adiantaram que querem, cada vez mais, participar de grandes datas e feriados como este, assim como a oposição faz. Segundo a coordenadora, a direita quer resgatar essas manifestações.

“É um dia nosso, de todos os trabalhadores, não só da esquerda”, pontua Nana. O integrante do Movimento Monarquista do Pará, Aires Alencar, concorda. Ele afirmou que a data sempre foi usada pela oposição de Bolsonaro e que a partir de agora todas as datas importantes serão ocupadas pelo grupo.

Entre as pautas políticas que se sobressaíram durante a manifestação está o movimento pró-arma – o trio trazia um grande cartaz representando essa luta – e até posições contra a República.

“Pior que o comunismo é a República em que vivemos, a cada dois anos ela mente, destrói e rouba. O STF [Supremo Tribunal Federal] está tentando calar o direito do povo, prendendo pessoas com opiniões próprias. Temos que começar a tomar decisões junto com o presidente, temos que reeleger Jair Messias Bolsonaro, mantendo o conservadorismo e as igrejas abertas”, avalia Aires.

O comerciante Mário Arouck, de 59 anos, participou da manifestação usando uma camisa do Brasil e enrolado em uma bandeira por cima. Ele conta que decidiu comparecer por tudo que vem acontecendo no país. “Estão querendo tolher nossa liberdade, o povo brasileiro não pode aceitar isso, ela é essencial em nossas vidas”, ressalta. Além disso, ele comenta que quer deixar um país melhor para o seu filho, de três anos.

A aposentada Sarah Vasconcelos, de 68, apoia Bolsonaro por ser militar, já que seu pai também era. Ela defende a liberdade e diz que está ameaçada.

Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que um efetivo de mais de mil agentes de segurança atuou de forma integrada para garantir e salvaguardar a população durante todas as manifestações ocorridas na manhã deste domingo, em vários pontos da cidade.

Entre as ações estavam a orientação do trânsito, reforço em delegacia e policiamento ostensivo, realizado pela Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Trânsito (Detran), Semob e Guarda Municipal, coordenadas pela Segup. Segundo o órgão, tudo ocorreu dentro do programado, sem intercorrências.

 

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