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Mais de 6,5 mil idosos acima dos 70 anos regularizaram o título no Pará para as eleições de 2022

Dados são do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará (TRE/PA). Para esse público, o voto é facultativo

Natália Mello

Mais de 6,5 mil idosos regularizaram o título no Pará para estarem aptos para a votação das eleições de 2022, marcadas para o dia 2 de outubro. Os números, divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), consideram eleitores com 70 anos ou mais, que procuraram atendimento da Justiça Eleitoral no Estado. O total de idosos no Pará com 70 anos ou mais, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2010), era de 226,3 mil.

No último pleito para a escolha dos representantes municipais, prefeito e vereador, em 2020, o número de idosos que buscaram a regularização de título de eleitor foi de 1.869. Já nas últimas eleições gerais – presidente da República, senador, deputado federal e estadual, e governador –, em 2018, esse registro foi bem maior e chegou a 53,4 mil, mas devido à obrigatoriedade de revisão biométrica em Belém e outros municípios.

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Antonina Cardoso, de 77 anos, é ex-servidora pública e acredita que o voto é um ato de exercer a liberdade. “Eu sempre votei e sempre vou votar. Pela nossa liberdade, pela melhoria das coisas, por votar em um candidato bom, que faça alguma coisa. Nem sempre é como a gente pensa, como a gente quer, mas o que eu espero são melhoras no nosso país, que sejamos de fato um país democrático. Quero ver melhorar a situação dos jovens, dos estudantes, dos trabalhadores. Toda eleição torcemos por um candidato que lute por esse objetivo”, diz.

O auditor aposentado Ribamar Oliveira, de 75 anos, conta que sempre fez questão de votar. “Desde cedo eu voto, nunca mais parei de votar e enquanto tiver vida e condições, eu voto”, afirma. Morador do bairro da Cremação, ele acredita que a vida é como um jogo, e nesse tabuleiro de xadrez onde se joga a sorte, todo e qualquer movimento neste cenário do país faz a diferença. “A gente sabe que por um ponto você ganha o jogo. No caso de votação, obviamente o candidato não vai ganhar por um só voto, mas o seu voto é importante para aquele candidato que você ajuda a eleger, com certeza. Apesar de, muitas vezes, ele nos decepcionar”, analisa.

Ribamar diz que percebeu, nos noticiários, uma campanha intensa para incentivar os jovens com idade menor a 18 anos a irem às urnas, mesmo também não sendo obrigatório. “Mas eu acho que a cabeça é de cada um. Vejo os jornais, os meios de comunicação que estão incentivando os jovens a votar. Nesse ponto eu fico neutro, porque cada um tem as suas particularidades e as diferenças também. Política é como religião e futebol, cada um tem a sua preferência”, concluiu.

Também aposentado, seu Antônio dos Santos, de 74 anos, nunca deixou de votar. Antes profissional administrativo em uma empresa de telecomunicações, ele, que reside no bairro de Batista Campos, fala com certo orgulho que sempre cumpriu as obrigações eleitorais e este ano não seria diferente. “Estou em dia com a Justiça Eleitoral. Sempre gostei de votar. Acho que porque acredito que tenho que dar a minha opinião, é uma forma de mostrar o que eu penso, escolhendo o candidato. Senão, como vou reclamar depois, se não votei. Como vou poder cobrar?”, questiona.

A esposa, Silvia Raiol, de 62 anos, também faz questão de votar, e ele acredita que pelo fato de que o importante, nesse momento, é um maior número de pessoas indo às urnas. Com mais pessoas participando das eleições, votando para escolher os nossos representantes, mais próximos chegamos de uma decisão mais justa”, conclui.

Número de idosos que regularizaram o título nos últimos anos

2016 - 6.480

2018 - 53.407 - revisão biométrica em Belém e outros municípios.

2020 - 1.869

2022 - 6.583

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