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Jornais estrangeiros rebatem Bolsonaro com dados oficiais

Veículos de vários países refutaram as declarações do presidente quanto à gestão da pandemia e também dos números que envolvem as queimadas no País

Agência Estado

Agências de notícias e jornais de outros países destacaram as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia e as queimadas no País durante discurso na Organização das Nações Unidas. Alguns periódicos, como o britânico The Guardian e o argentino Clarín, usaram dados oficiais para rebater o que disse o presidente brasileiro.

O Guardian relatou as falas de Bolsonaro em sua cobertura em tempo real da Assembleia Geral. Escreveu que o presidente brasileiro elogiou o agronegócio brasileiro e os caminhoneiros, lembrando que são dois importantes grupos de apoio.

O jornal usou dados para rebater as informações do presidente. "Na verdade, o Pantanal, a maior área úmida do mundo, está enfrentando a maior devastação de sua história. A área queimada este ano é equivalente ao tamanho do Estado de Israel - 3 milhões de hectares ou 20% de todo o bioma", escreveu o diário britânico. O Guardian ainda lembrou que Bolsonaro não mencionou as 137 mil mortes nem o fato de o Brasil ser um dos três países mais afetados pelo vírus no planeta.

O Clarín também destacou que o presidente defendeu suas políticas para o meio ambiente e afirmou que o governo tem sido vítima de uma "campanha brutal de desinformação". O diário traz dados oficiais mostrando a devastação na Amazônia e no Pantanal.

O jornal português O Público destacou que Bolsonaro culpou os índios pelos incêndios na Amazônia. "Nos últimos meses, a região do Pantanal tem sido dizimada por fortes incêndios, pondo em causa não só a fauna e a flora única deste bioma, mas também a sobrevivência dos povos indígenas locais. No entanto, Bolsonaro apontou precisamente o dedo aos índios e aos 'caboclos' pelos incêndios, sem fornecer qualquer prova desta acusação", escreveu o jornal. A agência de notícias francesa AFP deu destaque à fala do presidente sobre uma "campanha de desinformação" sobre as queimadas.

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