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Internautas denunciam ações do Google contra PL das Fake News

Eles afirmam que Big Tech está deslogando contas e impedindo tweets; o ministro da Justiça Flávio Dino aciona secretaria para apurar 'prática abusiva'

O Liberal
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Tweets e mensagens entre internautas denunciam, nesta segunda-feira (1º), que a gigante Google promove uma ofensiva contra o Projeto de Lei 2630, o chamado PL das Fake News, que deve ser votado nesta terça-feira (2). Os internautas estão mostrando e-mails, prints e relatos, com exemplo de procedimento do Google para impedir e atrapalhar quem se posiciona a favor da proposição legislativa.

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A Google é uma empresa de tecnologia multinacional americana com foco em publicidade on-line, tecnologia de mecanismo de pesquisa, computação em nuvem, comércio eletrônico, inteligência artificial e eletrônicos de consumo, só para citar alguns focos.

Google está usando a própria plataforma para atacar a PL e o Twitter, deslogando a conta das pessoas para atrapalhar. As Big Techs estão com medo de perder suas fortunas ganhas em cima das vidas devastadas das nossas crianças, e estão usando de tudo para tentar barrar o PL 2630!”, diz o post do Sleeping Giants Brasil, uma organização liberal de ativistas digitais que afirma combater discursos de ódio e desinformação de forma anônima na internet.

Denúncias de youtuber e jornalista

O youtuber, empresário Felipe Neto também denunciou o Google, nesta segunda-feira: “É absolutamente VERGONHOSO o que o Google está fazendo nesse momento, usando desinformação para atacar o PL 2630 e expondo isso na home do site mais visitado do mundo. Isso manchará a história do Google para sempre. Não será esquecido”.

Em telejornal da CNN a jornalista Daniela Lima mostrou, ao vivo, que tentou publicar uma crítica ao Google sobre a campanha da empresa contra o PL das Fake News e não conseguiu.

Um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que quando se procura por "PL 2630" no buscador, entre os primeiros resultados está um link de publicidade com o título: "PL da Censura". Ele leva a um post no blog do Google que diz que a proposta "pode piorar a sua internet".

Google direciona busca pela expressão 'PL das Fale News'

O NetLab enfatiza que o link "O PL das fake news pode piorar sua internet" direciona para um post do blog do Google com inúmeras críticas ao projeto. Segundo o site de dados Statista, 97% dos brasileiros usam o Google para buscas na internet.

De acordo com levantamento do NetLab, a plataforma também está privilegiando links de conteúdo de oposição ao PL nos resultados das buscas sobre o projeto de lei, além de anúncios do próprio Google criticando a nova legislação.

O do NetLab também comunica que outros links que aparecem nos primeiros resultados das buscas pelo termo são oficiais, como do Senado e Câmara dos Deputados, de veículos de imprensa e de sites hiperpartidários que se posicionam contra o PL, como a Revista Oeste, PlenoNews, PLdaCensura e Boletim da Liberdade, de propriedade do ex-deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), que lidera campanha contra a regulação, além de vídeos do canal do Brasil Paralelo no YouTube.

Conforme o NetLab, os links do Google contra o PL também apareceram na primeira página não como propaganda, mas como resultado da busca orgânica pelo termo "PL 2630", em consultas realizadas de forma anônima, sugerindo um usuário genérico brasileiro sem histórico, entre os dias 23 e 28 de abril.

Emails comunicam que PL vai provocar perda de dinheiro para influenciadores

Além disso, youtubers vêm recebendo desde sexta (28) e-mails do YouTube afirmando que eles vão perder dinheiro se o projeto for aprovado. As mensagens afirmam que o PL compromete "nosso modelo de compartilhamento de receita".

Dizem que, ao ser obrigada a pagar por conteúdo jornalístico, como prevê o artigo 32 do PL, sobrariam "menos fundos para investir em você, em todos os nossos criadores e nos programas para ajudá-lo a desenvolver seu público". No final, insta os youtubers a falar "com seus deputados nas redes sociais ainda hoje".

Pelo Twitter, o influenciador Felipe Neto respondeu ao e-mail do YouTube, dizendo que nunca viu "uma tentativa tão pesada de utilização dos criadores para defender os interesses do Google". Segundo ele, o "posicionamento do YouTube é vergonhoso, pois é uma mentira e uma ameaça feita de maneira intencional".

De acordo com Marie Santini, coordenadora do NetLab, o algoritmo do Google que determina o ranqueamento dos sites na ferramenta de busca normalmente mostra os resultados por ordem de relevância. Está entre os critérios o link ter sido citado por outras fontes de reconhecida reputação na internet.

"O que nos parece é que o Google ponderou os resultados de busca de tal forma a aumentar a relevância de sua própria voz em sua plataforma." Segundo ela, "isso pode configurar abuso de poder econômico às vésperas da votação" para tentar impactar a opinião pública e os votos dos parlamentares.

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