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Helder afirma que ‘não houve danos ao erário público paraense’

Em vídeo ao vivo na internet, governador nega ser amigo do empresário que representava a empresa que vendeu os respiradores

Keila Ferreira

Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira, 10, pelas redes sociais, o governador Helder Barbalho negou relação de amizade com o empresário André Felipe de Oliveira da Silva, representante da empresa que forneceu os respiradores com defeito ao Estado do Pará, e afirmou que todo o valor pago retornou aos cofres públicos.

Ele alega que foram pagos, antecipadamente, R$ 25,2 milhões pelos equipamentos. Desse total, R$ 22.795 milhões já foram devolvidos, com depósito em conta judicial. Faltam cerca de R$ 2,4 milhões. Porém, para funcionar, cada respirador precisa de quatro bombas de infusão e o governo do estado, na época, comprou 1,6 mil aparelhos desse tipo, com o mesmo grupo empresarial, no valor de R$ 8,6 milhões. Todas as bombas, segundo o governador, foram entregues funcionando, mas o Estado pagou apenas uma parte do valor, faltando ainda R$  4,095 milhões, montante esse que, ainda de acordo com Helder, o governo se nega a pagar. 

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Ele diz que, ao fazer o encontro de contas, entre o saldo que falta a empresa depositar e o valor que o estado deve para ela, teria ainda um saldo positivo de R$ 1,7 milhão para a empresa. Porém, Helder afirma que o Estado pede na Justiça para não pagar esse valor restante, como uma forma de ressarcimento ao Estado pelo dano moral coletivo.

“O que fica claro é que não houve danos ao erário público paraense”, enfatizou.

Com base em dados extraídos do aparelho do celular de André Felipe de Oliveira Silva, a Procuradoria Geral da República (PRG) diz que fica claro, a partir da troca de mensagens com o governador Helder Barbalho, na época em que foi fechado o contrato para a compra dos respiradores, que o objetivo era a concretização de negócios, fruto de relações pessoais.

O governador também negou ser amigo do empresário.

“Procuramos em todo o Brasil respiradores e lamentavelmente não havia no mercado. Nós recebemos propostas de diversas pessoas e essa proposta que nos foram apresentadas”, declarou. Ao longo da coletiva, ele ressaltou que o Estado procurou agir imediatamente contra a empresa, assim que as irregularidades foram constatadas. “As iniciativas para punir quem agiu contra o Pará foi do governo do estado. Nós não esperamos um mês para que os órgãos de controle ou órgãos do Governo Federal pudessem agir.”

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