MENU

BUSCA

Facada Fest: Coletivo paraense é denunciado por cartazes críticos a Bolsonaro

Quatro organizadores do evento e o ilustrador Paulo Victor Magno estão na mira da Justiça

Com informações do Metrópoles

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os organizadores do Facada Fest por causa dos cartazes críticos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que ilustram os eventos de punk e hardcore em Belém e em outros municípios paraenses. O processo corre na 4ª Vara Federal Criminal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Quatro organizadores do evento e o ilustrador Paulo Victor Magno estão na mira da Justiça.

De acordo com a denúncia, os artistas do Facada Fest teriam cometido crimes de injúria contra a honra de Bolsonaro e apologia de crime. As ilustrações fazem referência à facada que ele levou em 2018, em Juiz de Fora (MG), antes das eleições.

Em um dos dois cartazes que foram apontados pelo MPF, feito para divulgar a edição de 2019, Bolsonaro é representado pelo palhaço Bozo, que aparece empalado por um lápis.

No outro, o presidente ganhou o bigode de Hitler e vomita fezes sobre uma floresta. Bolsonaro ainda foi desenhado vestindo uma cueca com a bandeira estadunidense e segurando uma arma na mão.

Na última quinta (25), a defesa dos artistas entrou com um habeas corpus pedindo que a investigação fosse paralisada. Eles pedem, ainda, que o processo não seja aceito pela Justiça. A denúncia foi entregue à Justiça em 15 de setembro do ano passado. 

Uma investigação da Polícia Federal, de acordo com o MPF, apontou que os cartazes tinham mais do que críticas a Bolsonaro: “Houve, sim, manifesto abuso por parte dos denunciados, o que afetou diretamente a honra do presidente da República e propiciou a exaltação de um ato criminoso”.

Pelo Facebook, o Facada Fest caracterizou a denúncia “como uma grave violação à liberdade de expressão e ao direito de manifestação crítica e artística, ou seja, um verdadeiro ato de criminalização indevida e perseguição política a um movimento coletivo social representante da contracultura do rock paraense”.


Política