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Emancipação de Mosqueiro é discutida em sessão da Câmara na ilha

Distrito de 50 mil habitantes é gerido por agência distrital da prefeitura de Belém

Eduardo Laviano

A Câmara dos Vereadores de Belém realizou sessão itinerante no distrito de Mosqueiro na manhã desta segunda-feira (2). 

A primeira sessão do projeto "Câmara Itinerante" contou com a presença de 26 dos 35 vereadores.

A emancipação de Mosqueiro, para que a ilha deixe de ser distrito e se torne município, foi um dos assuntos da sessão.

Anexada à capital paraense em 1901 sob as ordens do então governador Augusto Montenegro, Mosqueiro é atualmente gerida por uma agência distrital ligada a prefeitura de Belém. 

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Entre os vereadores, Emerson Sampaio (PP) foi o que defendeu mais enfaticamente a emancipação do distrito.

Ele lembrou que a distância de 70 quilômetros entre o centro de Belém e a ilha e o fato de existirem quatro municípios entre os dois lugares falam por si só.

"Sou extremamente favorável. Acho um absurdo ser só um distrito de Belém. Pode haver despesas, mas é um local com potencial para se autossustentar e se transformar. Temos as praias de água doce mais bonitas do mundo e infelizmente não vai haver progresso enquanto for distrito de Belém. A capital não perde com a emancipação", entende ele. 

Matheus Cavalcante (Cidadania) pensa diferente. Ele acredita que este debate demanda cautela.

Na visão dele, é necessário viabilizar uma hidrovia que possa ligar o centro de Belém a Mosqueiro, o que ajudaria o turismo, diminuiria o tempo de viagem e desafogaria o trânsito.

"Há muitos projetos de especialistas, engenheiros navais, que explicam as possibilidades. Já conversei com alguns deles. Há inclusive uma ideia de um porto que seria construído em cima de uma balsa, o que iria baratear a operação. Fizemos um requerimento que apresenta o projeto. Claro que necessita de investimento e que pode não ser tão simples. O Brasil tem cinco mil municípios e muitos não conseguem gerar receita suficiente para fazer girar a máquina pública. Pode ocorrer do município ficar com o pires na mão cobrando dinheiro da união", diz. 

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