Em Belém, Augusto Aras discute direitos indígenas com procuradores do Pará
Às 18h, o Procurador-Geral participa de inauguração da nova sede do MPF
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, esteve na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Belém, para tratar, sobre violações de direitos indígenas no estado e na região. Um dos casos mencionados é da adolescente indígena Yanomami que teria sido estuprada e morta na região de Waikás, em Roraima.
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"Estamos acompanhando permanentemente o fato. Não se encontrou ainda evidências ou mesmo a prova de um corpo ou crime, mas a polícia continua investigando. O Ministério Público está acompanhando pessoalmente as investigações e, mais que isso, todo o MPF, com esse esforço, tende a melhorar e muito a sua atuação", destacou o titular da PGR anunciando que a instituição contará com dez novos ofícios a serem instalados na região, sendo cinco na Amazônia Ocidental e cinco na Amazônia Oriental.
Além disso, Aras comentou a situação no município de Novo Repartimento, onde três caçadores foram encontrados mortos na área da reserva indígena Parakanã. "Foram encontrados cadáveres e estamos empenhados em saber o que houve realmente. Mas eu creio que do ponto de vista imediato e estrutural o que pode ser feito é o que nós viemos fazer: trazer mais procuradores, mais servidores e mais recursos materiais", disse.
Em sua primeira visita a Belém como Procurador-Geral da República, Augusto Aras participou de reunião na tarde desta sexta-feira, 6, com procuradores da República que atuam na capital, Santarém, Redenção, Paragominas, Tucuruí e Marabá, além dos membros do MPF de Itaituba e Altamira, que participam por meio de videoconferência.
A princípio, o objetivo era participar da inauguração da nova sede do MPF e cumprir agenda interna do órgão, mas Aras incluiu na pauta uma discussão sobre os conflitos locais. A ocasião também foi marcada pelo anúncio de criação de novas unidades para ampliar a proteção de direitos na região.
“Assinei portaria criando mais 30 ofícios. Dez deles para a Amazônia exclusivamente para cuidar da temática ambiental e indígena, que equivale a dez novos procuradores a serviço dessa causa específica”, pontuou o procurador.