'E daí?', 'Não sou coveiro': comentários de Bolsonaro sobre covid se voltam contra ele, diz revista
Opositores vêm utilizando ironicamente comentários do próprio presidente sobre vítimas da covid-19; veja
A Revista Fórum publicou, na noite da última quarta-feira (14), data da internação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), uma matéria com uma série de comentários do gestor que acabaram se "virando" contra ele. Em um levantamento feito pela revista, foi identificado que internautas opositores vêm utilizando ironicamente comentários do próprio chefe do Executivo sobre as vítimas da covid-19 para falar sobre seu atual estado de saúde. Bolsonaro foi internado após sentir fortes dores abdominais e uma crise de soluço por mais de uma semana.
Em meio às informações sobre as condições de saúde de Bolsonaro, apoiadores lançaram a hashtag #OremPeloPresidente, mas a maior parte das pessoas utilizam a tag para ironizar termos como “E daí”, “não sou coveiro”, "mimimi" e “cloroquina”. Algumas dessas expressões chegaram a figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Em abril de 2020, ao comentar o aumento de mortes por covid-19 no país, Bolsonaro disparou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. No mesmo mês, ao responder a um apoiador que comentou o alto número de óbitos causados pela pandemia, o presidente lavou as mãos: “Não sou coveiro, tá?”.
A cloroquina, por sua vez, é o remédio sem eficácia contra a doença do coronavírus que Bolsonaro propagandeou ao longo da crise sanitária. Já em março de 2021, o presidente virou notícia internacional ao declarar: "Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?".