Deputados cobram investigação de compra de Viagra pelas Forças Armadas

Medicamento é usado tipicamente para tratar disfunção erétil

Emilly Melo
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Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmaram que vão pedir que o Ministério Público Federal investigue a aquisição de mais de 35 mil unidades de Viagra pelas Forças Armadas, medicamento, geralmente, utilizado para tratar disfunção erétil. A decisão foi compartilhada no perfil de Freixo no Twitter nesta segunda-feira (11). 

Em entrevista ao Uol, Vaz diz que a compra pelas Forças Armadas não é justificada e ocorre em um momento de "reajuste terrível no valor de medicamentos" usuais à população. Além disso, os dados compilados pelo deputado mostram que a compra também aponta indícios de superfaturamento. 

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"Além de gastar dinheiro público com Viagra, tudo indica que o governo Bolsonaro ainda comprou acima do preço de mercado. O Congresso Nacional e toda a sociedade merecem uma explicação. O brasileiro está amargando um reajuste terrível no valor de medicamentos e faltam remédios para doenças crônicas nas unidades de saúde. Enquanto isso, o governo tá gastando para atender as Forças Armadas com Viagra", afirmou Vaz. Nas redes sociais, Marcelo Freixo endossou a posição do colega parlamentar. "Dinheiro público, que sai do bolso de todos nós brasileiros, tem que ser usado para servir ao interesse público", comentou.

O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) também se manifestou após a repercussão do caso. Ciro disse que "a menos que provem que estejam desenvolvendo alguma arma secreta - capaz de revolucionar a indústria bélica internacional - vai ficar difícil justificar a compra de 35 mil unidades de um remédio para disfunção erétil".

 

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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