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'Democracia é participar do processo com voz', diz presidente do TRE-PA, Nadja Guimarães

A desembargadora Luzia Nadja Guimarães evidencia aumento da participação do eleitorado como conquista para a democracia

Fabrício Queiroz

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) terá um novo presidente a partir do dia 20 de janeiro, quando assume o desembargador corregedor Leonam Gondim da Cruz Júnior para o biênio 2023-2025. Ao longo dos últimos dois anos, a instituição esteve sob o comando da desembargadora Luzia Nadja Guimarães, que acompanhou todo o andamento de um processo eleitoral histórico, que, em sua avaliação, contribuiu para o fortalecimento da democracia brasileira.

Outra iniciativa destacada pela juíza é a atuação do órgão no enfrentamento de temas sensíveis para a sociedade, sobretudo no que se refere às questões de gênero, com a criação das Comissões de Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e da Discriminação, além do fortalecimento das ações da Comissão de Incentivo à Participação Feminina e a implantação da Ouvidoria da Mulher.

Incentivo a lideranças femininas

“Resolvemos fazer vários encontros com mulheres, partidos políticos em torno da importância de permitir que lideranças femininas possam ser evidenciadas para que, no momento de escolhas pelo eleitorado, elas apresentem seu nome para serem votadas. Isso é um trabalho prévio. E no momento da eleição, buscamos garantir com a nossa fiscalização como Justiça Eleitoral que a cota de gênero seja respeitada e também que os recursos sejam encaminhados para que essas mulheres possam desenvolver a sua campanha custeando com os recursos públicos que lhe são devidos”, esclarece Luzia Nadja.

Ela pontua ainda que o principal legado que pode deixar é no sentido de incentivar o maior envolvimento dos cidadãos com a dinâmica da vida política para além dos períodos eleitorais. “Nós sabemos que temos no estado do Pará uma extensão territorial muito grande e temos pessoas que residem em locais com uma certa distância de informações ou da sede do seu município. Em qualquer lugar que eu fui eu passei essa mensagem: a importância que tem, seja quem for, para esse processo eleitoral no sentido de fazermos a escolha que acharmos melhor e aceitarmos o resultado porque isso é que é democracia. A democracia é participar do processo com voz, mas a partir do momento em que for declarado o resultado, aceitar e acompanhar quem venceu, acompanhar a vida pública. Esse é meu papel, é assim que eu me entendo”, enfatiza a magistrada.

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