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CPI do 8 de janeiro tem plano de trabalho aprovado e divulga nomes de convocados

A comissão pretende ouvir nomes como os do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, do ex-ministro da Defesa, Braga Netto e de Flávio Dino, atual ministro da Justiça

O Liberal

O dia amanheceu em clima de intensa polarização política no Congresso. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a invasão do Congresso no dia 8 de Janeiro aprovou, nesta terça-feira (6), o plano de trabalho da comissão em votação apertada, vencida por 18 votos a 12. O documento é de autoria da relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e revelou os nomes dos primeiros convocados e convidados a prestar informações à CPI.

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Entre os nomes do governo de Jair Bolsonaro (PL) incluídos pela relatora estão os do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ex-ministro da Defesa e candidato à vice-Presidência, Braga Netto. Já entre os integrantes e ex-integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Gonçalves Dias e o ministro da Justiça, Flávio Dino. 

Considerando o plano de trabalho aprovado, em linhas gerais, a CPI terá como foco: as atuações de Anderson Torres como ministro da Justiça e Segurança Pública e como secretário de Segurança do Distrito Federal; os acampamentos em quartéis generais do Exército; a identificação dos mentores, financiadores e executores dos atos antidemocráticos; o planejamento e atuação dos órgãos de segurança da União e do Distrito Federal no 8 de Janeiro e o “apagão” na execução das medidas de contenção; as manifestações públicas e em redes sócias de políticos contra o resultado das eleições; a relação do tenente coronel Mauro Cid com atos extremistas e eventuais “conspirações golpistas”; e a atuação das Forças Armadas. 

A apresentação gerou críticas principalmente da oposição, que questionou as possíveis investigações sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as últimas eleições presidenciais. A PRF foi acusada de montar operações para impedir que eleitores de localidades do Nordeste brasileiro chegassem aos locais de votação. Para os opositores, caso o ponto de partida seja esse, seria necessário também investigar a atuação do Tribunal Superior Eleitoral que, de acordo com a oposição, interferiu na discussão sobre voto impresso.

Deputados e senadores questionaram ainda se a CPI iria ou não pedir acesso às investigações sob sigilo. A oposição defendeu que o acesso é necessário para os trabalhos da comissão. Para decidir sobre o tema, Arthur Maia afirmou que pedirá ainda nesta terça-feira (6) uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que é relator das ações.

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