Centrais sindicais organizam ato político-cultural para o Dia do Trabalhador
Encontro oferece serviços de cidadania e cobra melhorias para a categoria na Praça da República
Na quinta-feira (1º), feriado em que se celebra o Dia do Trabalhador, centrais sindicais se mobilizam em um ato político e cultural por melhorias para a categoria. O evento acontecerá a partir das 8h na Praça da República, em Belém, onde serão oferecidos serviços de cidadania em parceria com a prefeitura de Belém, por meio das secretarias. Em divulgação nas redes sociais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PA) convoca o público a participar da celebração e lista as principais reivindicações da classe.
Entre os serviços oferecidos estão: emissão de 150 RGs, testes rápidos, vacinação, negociação de dívidas, vacina antirrábica, emissão de passes estudantis e outros. A iniciativa reúne doze entidades públicas: Semcad, Polícia Civil, Sesma, Sezel, Semma, Sefin, Sepda, Segbel, Semte, Funpapa, Codem, Sespa e Seaster.
A expectativa é reunir sindicalistas, jovens e mulheres — público que tradicionalmente participa do ato. Vera Paoloni, presidenta da CUT no Pará, avalia que a oferta de serviços deve ampliar a adesão deste ano. Entre as principais reivindicações, ela destaca a luta por escala de trabalho mais flexível, juros que preservem o poder de compra e justiça tributária, com impostos progressivos para quem ganha mais.
“Lutamos por redução da jornada sem corte salarial e contra a escala 6×1, para que trabalhadores e trabalhadoras tenham vida além do trabalho. Afinal, vida não tem hora extra”, afirma.
Cleber Rezende, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB Pará), acrescenta ainda a igualdade salarial entre homens e mulheres, e a relação de trabalho e meio ambiente. “Garantir na prática a implementação da lei que garante salário igual entre homens e mulheres para o mesmo trabalho é outro aspecto que precisa ser implementado e exige do movimento sindical essa luta pela implementação de salário igual entre homens e mulheres para a mesma atividade laboral”, explica.
VEJA MAIS
As discussões sobre a relação entre meio ambiente e a rotina dos trabalhadores também surge entre as principais questões para a classe atualmente, na sua avaliação. Especialmente no ano em que Belém recebe a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
“Como que a classe trabalhadora debate transição justa com empregos verdes, valorização do trabalho, preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, que garanta a valorização do homem e da mulher, dos amazônidas, tendo esse debate das mudanças climáticas, da transição justa, para poder garantir desenvolvimento, sustentabilidade, valorização do trabalho e qualidade de vida para o nosso povo”, avalia Rezende.