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Câmara dos Deputados aprova texto-base da reforma da Previdência, no 1º turno, com 379 votos a favor

Apenas 131 parlamentares votaram contra o texto principal

Agência Brasil

Depois de oito horas de debates, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto principal da reforma da Previdência. A proposta teve 379 votos a favor e 131 votos contra. 

Agora, os parlamentares começam a votar os destaques apresentados pelas bancadas. Mais cedo, os deputados tinham concordado em derrubar as emendas individuais e manter apenas as de bancada.

Os destaques mais aguardados são o que aumentam a aposentadoria para as trabalhadoras da iniciativa privada e o que suaviza as regras de aposentadorias para policiais e agentes de segurança que servem à União.

A reforma da Previdência precisava de 308 votos, o equivalente a três quintos dos deputados, para ser aprovada. Se aprovado em segundo turno, o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.

O debate do texto principal foi aberto por volta das 17h, quando a Câmara rejeitou o último requerimento de retirada de pauta da reforma da Previdência. Nas últimas horas, os líderes dos partidos estavam encaminhando as orientações para as bancadas.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que Maia "colocou seu nome na história do Brasil". Ele agradeceu ainda o apoio da população à reforma. Maia discursou antes de informar o resultado final da votação:


O líder do MDB, Baleia Rossi (SP), disse que o placar demonstra a maturidade da Câmara. Ele disse que Maia conduziu a reforma com "maestria" e em nenhum momento se desviou de sua meta. "Foi uma grande vitória", disse. "Agora, vamos superar os destaques", acrescentou, ressaltando que a ideia é derrubar aqueles que têm impacto na reforma.

O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que a aprovação da reforma era lamentável, pois os deputados olharam apenas números, sem ver as pessoas. "É preciso achar o equilíbrio ideal entre estes dois lados, para que a dose do remédio não vire veneno, tanto para o povo como para a nossa economia. Infelizmente, não foi isso que vimos aqui hoje", disse "Vamos lutar, agora, para reduzir os impactos negativos desta reforma por meio dos destaques."

Os deputados iniciaram a análise dos 16 destaques apresentados. No início da noite, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, ainda negociava com deputados para tentar retirar os destaques da oposição.

Há acordo para a votação de dois destaques: o que se refere aos policiais e às mulheres. Mesmo com a aprovação desses dois destaques, o governo estima uma economia de despesas acima de R$ 900 bilhões em dez anos.

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