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Livre de prisão preventiva, Bolsonaro chora em culto religioso

Ex-presidente aparece em culto após decisão do STF que mantém restrições, mas afasta prisão preventiva

Thaline Silva*
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Jair Messias Bolsonaro participou de um culto religioso na manhã desta quinta-feira (24), dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu não decretar a prisão preventiva do ex-presidente, apesar de possíveis descumprimentos de medidas cautelares.

Nas imagens divulgadas, Bolsonaro aparece de cabeça baixa e cobrindo o rosto com as mãos enquanto ouve uma pregação ao lado de apoiadores, entre eles o senador do PL Magno Malta. O vídeo foi divulgado com exclusividade pelo jornalista Léo Dias.

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Decisão de Alexandre de Moraes

O ministro rejeitou a prisão preventiva ao entender que as infrações às medidas cautelares constituem “irregularidades isoladas". Na semana anterior, Moraes havia estabelecido medidas como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do ex-presidente de acessar redes sociais.

Com a divulgação de novas publicações em plataformas online, atribuídas a aliados, Moraes pediu esclarecimentos à defesa. Os advogados afirmaram que Bolsonaro não tentou burlar as restrições e questionaram se ele poderia conceder entrevistas, desde que o conteúdo não fosse compartilhado em suas próprias redes sociais.

Ao anunciar a decisão, Moraes afirmou que “a Justiça é cega, mas não é tola”. Contudo, enfatizou que não aceitará a utilização desses discursos como um artifício para violar as limitações impostas. Segundo o ministro, não será permitida “a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagem nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”.

Moraes fundamentou sua posição dizendo que “não seria lógico e razoável permitir a utilização do mesmo modus operandi criminoso em diversas redes sociais de terceiros, em especial por milícias digitais e apoiadores políticos”, com o intuito de fomentar condutas ilícitas ou incitar chefes de Estado estrangeiros a interferir no processo judicial.

O ministro também ressaltou que “não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que as redes sociais do investigado Eduardo Nantes Bolsonaro foram utilizadas a favor de Jair Messias Bolsonaro, dentro do ilícito modus operandi já descrito”.

Mesmo assim, por se tratar de uma “irregularidade isolada” e não haver, até o momento, outras violações, Moraes optou por não decretar a prisão preventiva. Ele, entretanto, advertiu que poderá rever essa decisão caso ocorram novas infrações.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

 

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