Valdemar Costa Neto reconhece 'planejamento de golpe' no Brasil, mas nega crime
Ele classificou as provas e ações como apenas "bagunça".
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reconheceu neste fim de semana que houve um "planejamento de golpe" no Brasil. Ele, no entanto, sustenta que não se tratou de crime. Para o dirigente da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que realmente pesa são os episódios de 8 de janeiro de 2023, que ele classificou como apenas "bagunça".
"De fato houve um planejamento, mas nunca se concretizou. No Brasil, a lei diz: se você planejar um assassinato e não fizer nada, não há crime", disse Valdemar. "O mesmo vale para o golpe. O problema maior foram os acontecimentos do 8 de janeiro, e o Supremo insiste em chamar aquilo de golpe. É um absurdo: pessoas com pedaço de pau, um bando de desordeiros quebrando coisas, e dizem que isso foi golpe", declarou, deixando de lado as provas apresentadas pelo STF, que demontram que a ação visava criar um caos político e social para, aí sim, se propor o golpe.
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As falas ocorreram no sábado, 13, durante participação no Rocas Festival, em Itu (SP), evento voltado ao setor de cavalos de luxo. Valdemar esteve em um painel ao lado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, com mediação do deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos).
No encontro, o líder do PL voltou a defender a anistia e projetou que a direita deve conquistar ao menos 45 cadeiras no Senado nas eleições de 2026.
Valdemar também disse acreditar que, se houver união de nomes como Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, o campo da direita pode vencer a disputa presidencial. Ainda assim, avaliou que apenas Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teriam condições reais de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Segundo ele, caberá a Bolsonaro definir a cabeça de chapa e o vice.
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