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TRE do Pará instala Ouvidoria da Mulher para acolhimento e escuta ativa

Canal especializado foi oficializado em sessão plenária nesta terça-feira (2)

O Liberal

A Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TER-PA) foi instalada nesta terça-feira, 2, em Belém, em sessão administrativa especial aberta pela desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, presidente do tribunal. Com informações da Ascom TRE do Pará.

Com a instalação da ouvidoria, em sessão plenária, o TER-PA passa a ter canal especializado de atendimento, o primeiro criado por um tribunal no Estado.

“Hoje, a Justiça Eleitoral do Pará está em festa. Não só por ser presidida por uma mulher, mas também porque o número de eleitoras mulheres é de 54% no Brasil”, disse Nadja Guimarães

Regulamentada pela Resolução TRE nº 5721/22 e pelas Portarias n° 21296/22 e 21256/22, a Ouvidoria da Mulher é um canal de atendimento especializado para o acolhimento e escuta ativa de mulheres - incluindo transexuais e travestis - que de alguma forma se sintam vítimas de violência política e/ou de gênero ou de algum tipo de assédio e discriminação. Essa criação se deu ainda a partir da Resolução nº 432/21 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem se mobilizado para criar ouvidorias dedicadas ao público feminino em todo o país.

“A Ouvidoria da Mulher é um instrumento essencial para as mulheres viverem livres de qualquer forma de violência”, completou a presidente do TRE do Pará.

Como acessar os serviços?

Os serviços poderão ser acessados a qualquer momento por formulário eletrônico, disponível no site do TRE do Pará  ou, de segunda a sexta, das 8h às 15h, pelo telefone/whatsapp exclusivo (91) 98585-6449.

Na sessão, foram abordadas ainda questões como a representação feminina na política e as parcerias que o canal especializado irá desenvolver com a Comissão de Incentivo à Participação Feminina na Política (CIPF); a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação; e o Serviço Psicossocial do TRE do Pará.

Público-alvo são as magistradas

Segundo a juíza Rosa Navegantes, que coordena o novo canal e “o público-alvo são todas as magistradas, servidoras, estagiárias, terceirizadas, também as eleitoras e candidatas do estado. E atenderá as mulheres trans, também alinhado com a campanha ‘Respeite Meu Nome’, chamando essas mulheres para incluir seu nome social no título de eleitor. E o TRE do Pará já vem com ações como o ‘Sinal Vermelho’, em benefício das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, especialmente durante o isolamento social na pandemia. A instalação de uma Ouvidoria da Mulher, então, é consequência de inúmeras ações que viemos implementando nos últimos anos”.

Rosa Navegantes destacou alguns números também: mulheres ocupam atualmente 13% do Senado; 15% da Câmara dos Deputados; uma disparidade em relação ao fato de as mulheres representarem 52% da população brasileira e 54% do eleitorado no país.

A sessão contou ainda com a presença da desembargadora Tânia Regina Reckziegel, ouvidora da mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela destacou o fato de o TRE do Pará ser o primeiro tribunal no Estado a criar uma Ouvidoria da Mulher. “É um ato de coragem e muito importante, por isso o CNJ não poderia deixar de estar presente”, declarou em plenária.

O juiz-ouvidor do TRE do Pará, Edmar Silva Pereira, destacou que a criação de da Ouvidoria da Mulher “é fundamental para fortalecer a mulher brasileira na política”.

Integram a Ouvidoria da Mulher as servidoras Valéria Fontelles, Fernanda Arnaud, Ingrid Agrassar, Ana Kárita de Matos e Priscila Campos Fonseca; assim como as colaboradoras Deusa Queiroz e Liliana Diniz; coordenadas pela juíza Rosa Navegantes.