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‘Me impedem até de falar’, diz Bolsonaro sobre crises de soluços e vômitos

Os sintomas teriam começado na segunda-feira (30)

Thaline Silva*

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira (2) ter cancelado todos os compromissos agendados para o mês de julho por recomendação médica. Em publicações nas redes sociais e em mensagens a aliados, Bolsonaro relatou enfrentar crises recorrentes de soluços e vômitos, o que estaria afetando sua capacidade de falar.


“Crises de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impede até de falar”, escreveu o ex-presidente.

Segundo ele, a decisão foi tomada após atendimento médico de urgência, quando recebeu orientação para permanecer em repouso absoluto durante todo o mês. Entre as agendas suspensas estão compromissos em Santa Catarina e Rondônia. Bolsonaro permanecerá em sua residência, em Brasília.

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“Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia”, afirmou.

Na terça-feira (1), o ex-presidente já havia comunicado parlamentares sobre sua ausência em reuniões do partido. Em mensagem, justificou os sintomas e agradeceu o apoio:

“Por exigência médica, não irei ao PL nessa terça-feira. Crise de soluços e vômitos me impedem de falar. Obrigado. Jair Bolsonaro.”

De acordo com apuração da CNN, os sintomas teriam começado na segunda-feira (30). Após o cancelamento da agenda, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou nota informando que os médicos estão priorizando a recuperação completa do ex-presidente. Ela lembrou os problemas de saúde enfrentados por Bolsonaro nos últimos meses.

Crises começaram após cirurgia e pneumonia em junho

Michelle citou a cirurgia realizada em abril para tratar uma suboclusão intestinal — obstrução parcial do intestino provocada por aderências formadas após as operações decorrentes da facada sofrida em 2018. O procedimento durou cerca de 12 horas e foi considerado o mais complexo desde o atentado, segundo o cardiologista Leandro Echenique, que acompanha o ex-presidente.

Após a cirurgia, Bolsonaro teve uma internação prolongada, foi diagnosticado com pneumonia viral em junho e, desde então, vem relatando dificuldades para se alimentar e se comunicar, agravadas pelas crises de soluços.

Mesmo com o quadro de saúde, o ex-presidente participou de uma manifestação em São Paulo no último domingo (29), poucos dias após ter sido atendido em um hospital de Brasília.

 

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política e Economia