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Lula diz que Bolsonaro merece ser condenado, mas que não faz juízo sobre tamanho da pena

Presidente disse que irá tomar a decisão sobre sanção ou veto do PL da Dosimetria quando o texto chegar ao gabinete da Presidência

Redação O Liberal com informações da AE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, em entrevista ao SBT News nesta segunda-feira (15), que sua decisão sobre a sanção ou veto do PL da Dosimetria será tomada somente quando o texto chegar ao gabinete da Presidência. O mandatário indicou que avaliará o projeto com cautela.

"Quando chegar na minha mesa, eu vou estar sentado na minha mesa com Deus, e vou tomar a decisão", afirmou o presidente. Ele voltou a declarar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser condenado, mas não se manifestou sobre a quantidade de anos de pena.

O projeto de lei em tramitação no Congresso busca reduzir a condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a Bolsonaro, atualmente fixada em 27 anos e três meses de prisão. Cálculos apontam que a pena poderia cair para dois anos e quatro meses, conforme as disposições do projeto.

Lula comenta sobre Bolsonaro

Lula justificou sua posição sobre Bolsonaro, afirmando: "Eu só acho que o cidadão que tentou dar um golpe nesse país, que tentou fazer mentira o tempo inteiro na governança dele, que é responsável pela morte de metade das pessoas que morreram de covid pela irresponsabilidade dele e nessa tentativa de golpe, tentando envolver Forças Armadas, merece ser condenado."

Ainda sem esclarecer se vetará o texto que pode beneficiar o ex-presidente, Lula indicou ao SBT News que agirá em prol da "democracia e autonomia entre os Poderes".

Tramitação do PL da Dosimetria no Senado

O parecer do PL da Dosimetria, sob relatoria de Esperidião Amin (PP-SC) no Senado, deve ser apresentado nesta quarta-feira (17) na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

Nesta segunda-feira (15), o relator afirmou que, na sua forma atual, o texto não será aprovado no Senado. Amin declarou que estuda, junto a outros senadores, como "tapar buracos" do projeto que poderiam beneficiar "criminosos diversos além dos golpistas".