Lula critica texto do PL Antifacção da Câmara e pede diálogo e responsabilidade ao Senado
Foi a primeira manifestação do presidente após a Câmara ter aprovado por 370 votos a 110
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o texto do projeto de lei de combate às facções criminosas, aprovado pela Câmara, "enfraquece" o enfrentamento ao crime organizado e "gera insegurança jurídica".
Esta foi a primeira manifestação do presidente após a aprovação da proposta na Câmara dos Deputados, por 370 votos a 110. O projeto havia sido enviado ao Congresso pelo próprio governo.
O relator na Câmara, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), fez uma série de mudanças no texto original, o que desagradou o governo. Todos os deputados do PT presentes votaram contra a versão aprovada.
Críticas de Lula ao texto aprovado
"Precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado. O projeto aprovado ontem pela Câmara alterou pontos centrais do PL Antifacção que nosso governo apresentou", declarou o presidente em sua conta no X.
Ele continuou: "Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica. Trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei".
Governo busca alterações no Senado
Lula pediu ao Senado que demonstre "diálogo e responsabilidade na análise do projeto", indicando a busca por alterações na Casa Alta do Congresso. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) será o relator.
"O compromisso do Governo do Brasil é com uma agenda legislativa que fortaleça as ações da Polícia Federal, garanta maior integração entre as forças de segurança e amplie o trabalho de inteligência para enfrentar as facções", afirmou o presidente.
O presidente ressaltou que o governo está "do lado do povo brasileiro" e que não abrirá mão de "combater de verdade toda a cadeia do crime organizado".
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