Jair Bolsonaro volta ao centro cirúrgico para tratar crise de soluços
Ex-presidente passa por 4ª intervenção em Brasília para reforço no nervo frênico; Michelle Bolsonaro relata que sintomas persistem desde as 10h
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a um novo procedimento cirúrgico, nesta terça-feira (30), para tentar controlar um quadro persistente de soluços no hospital DF Star, em Brasília. A intervenção, confirmada pela família, consiste em um reforço no bloqueio do nervo frênico, sendo a quarta operação realizada desde sua internação na véspera de Natal. O quadro clínico se agravou pela manhã, quando as crises retornaram de forma ininterrupta, exigindo nova mobilização da equipe médica na capital federal.
Para conter os espasmos que castigam o diafragma do ex-presidente, os médicos optaram por uma radiointervenção com aplicação de anestesia local. O procedimento busca interromper temporariamente os sinais nervosos que causam as contrações involuntárias, proporcionando um alívio que costuma durar entre 12 e 18 horas. No ambiente estéril do centro cirúrgico, a técnica de precisão tenta devolver a tranquilidade a um corpo que já enfrentou outras três cirurgias em menos de uma semana.
Entenda como funciona o bloqueio do nervo frênico
O bloqueio do nervo frênico é uma técnica específica de controle de sinais de dor e reflexos motores. No caso de Jair Bolsonaro, a injeção de anestésico próxima a nervos selecionados visa "desligar" momentaneamente a função do diafragma. Após a saída do centro cirúrgico, o paciente permanecerá em observação rigorosa para que a evolução do quadro seja monitorada hora a hora, já que a persistência dos soluços tem desafiado as abordagens anteriores.
Michelle Bolsonaro pede orações por 'dias difíceis'
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro utilizou suas redes sociais para compartilhar a angústia da família diante da saúde do marido. Em um tom de desabafo e fé, ela detalhou que os sintomas não deram trégua ao longo do dia. "Meu amor apresentou quadro de soluços às 10h da manhã, que não cessaram até o momento. Diante disso, a equipe médica optou pela realização de um reforço no bloqueio do nervo frênico. Seguimos enfrentando dias difíceis e contamos com as orações de todos", escreveu.
Além do problema gástrico e neurológico, a estadia hospitalar revelou outras fragilidades, como alterações na pressão arterial e a necessidade de iniciar tratamento para apneia do sono. O ex-presidente, que antes da internação estava sob custódia na Superintendência da Polícia Federal (PF), deve permanecer internado até os primeiros dias de janeiro. A expectativa é que, somente após a plena recuperação e cicatrização da hérnia inguinal, ele receba alta para retornar às instalações da Polícia Federal em Brasília.
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