MENU

BUSCA

Hugo Motta discute com Carlos Jordy: 'Não funciono sob ameaça'

Proposta permite excluir precatórios do limite de gastos até 2027; votação foi marcada por embate entre Hugo Motta e Carlos Jordy.

Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), protagonizou um embate com o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) durante a votação da PEC dos Precatórios, na sessão desta terça-feira (15).

A discussão teve início quando Jordy pediu a palavra para questionar a retirada de um destaque proposto pelo Partido Liberal (PL), que, segundo ele, era "muito importante" para a bancada. Motta respondeu que o destaque havia sido retirado pelo próprio líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Jordy rebateu dizendo que havia acabado de conversar com Sóstenes e que este não teria feito a retirada. O impasse levou ao acirramento dos ânimos. Em determinado momento, Hugo Motta elevou o tom de voz e afirmou: “Eu não funciono sob ameaça”.

PEC dos Precatórios é aprovada em segundo turno

Ainda na sessão, a Câmara aprovou em dois turnos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o governo a retirar os gastos com precatórios — dívidas judiciais da União — do limite de despesas do novo arcabouço fiscal a partir de 2025.

A proposta estabelece que esses gastos voltarão gradualmente a ser incluídos no cálculo da meta fiscal a partir de 2027, a uma taxa de 10% ao ano. A regra poderá postergar em até dez anos a incorporação total dessas despesas no resultado das contas públicas.

A PEC foi aprovada por 404 votos a favor, 67 contra e três abstenções no primeiro turno. No segundo turno, o placar foi de 367 votos favoráveis e 97 contrários. Com a rejeição dos destaques, o texto segue agora para o Senado.