Fiepa manifesta apoio ao governo estadual em defesa do derrocamento do Pedral do Lourenço
Estado enviou ofício ao Ministério do Meio Ambiente defendendo a obra para navegabilidade plena do rio Tocantins
A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e o Centro das Indústrias do Pará (CIP) divulgaram nota, nas redes sociais, nesta segunda-feira (18), manifestando apoio ao governador Helder Barbalho, que se posicionou contra a iniciativa do ICMBio de convocar audiência pública para discutir a criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) no Rio Tocantins.
No último final de semana, o governo do Pará divulgou que encaminhou ofício ao governo federal e ao Ministério do Meio Ambiente, destacando o derrocamento do Pedral do Lourenço, no rio Tocantins, como uma obra essencial para impulsionar a economia da região e modernizar a infraestrutura logística do país. O governo estadual reiterou inclusive que a obra já tem a licença ambiental concedida pelo Ibama.
Na nota, a Fiepa corrobora com o entendimento do governo estadual. “Conforme o governador Helder Barbalho ressaltou, o projeto do derrocamento é fundamental para a geração de emprego, renda e desenvolvimento, além de representar um passo importante para a modernização da infraestrutura logística do estado”, divulgou a federação.
‘Avanço da hidrovia é media ambiental correta’, diz Fiepa
A entidade da classe industrial assinala que “o avanço da hidrovia do Tocantins é também uma medida de sustentabilidade. O modal hidroviário emite de quatro a oito vezes menos CO₂ por tonelada/quilômetro do que o transporte rodoviário, contribuindo de forma significativa para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a descarbonização da economia”, diz a nota da entidade empresarial.
Por fim, a Fiepa e o CIP reforçam “a convicção de que o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental podem e devem caminhar juntos, desde que se busque o equilíbrio entre progresso, sustentabilidade e geração de oportunidades para a população”.
O senador Zequinha Marinho (Podemos/PA) também manifestou preocupação com a criação de novas APAs. “Apesar do Pedral do Lourenço não estar dentro do projeto da APA do Paleocanal, é preocupante”, disse ele.
‘Hidrovia traz prosperidade à região’, destaca senador
"Essa movimentação tão repentina do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente pode inviabilizar tanto a obra do derrocamento quanto a hidrovia, que prometem impulsionar o escoamento da produção, reduzir custos e gerar empregos, trazendo prosperidade para toda a região”, acrescentou o senador.
Para Marinho, é importante “desmistificar a ideia de que a criação de APAs, embora no papel pareça compatível com propriedades privadas e atividades agropecuárias, na prática, traz uma série de problemas e inseguranças para quem vive e produz na região há décadas”.
Ele acrescentou: “a criação de uma APA, sem um processo prévio e eficaz de regularização fundiária, agrava essa insegurança, deixando milhares de produtores à mercê de interpretações e restrições que podem levá-los à perda de suas terras, isso porque muitas famílias que ocupam e produzem nessas áreas há gerações não possuem a documentação definitiva de suas terras”.
É inquestionável, diz o senador, a necessidade de buscar medidas para a preservação ambiental. Ele defende, “um desenvolvimento sustentável que concilie a produção com a conservação dos nossos biomas. No entanto, a preservação não pode significar prejuízo para quem já vive e produz na região há décadas, para quem construiu sua vida e sua história na terra”.
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