Ex-ministro e ex-dirigente do INSS fizeram acordos com entidades investigadas, aponta PF
O ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira e seu sócio Edson Yamada foram alvos de uma operação da Polícia Federal
Ambos alvos de busca e apreensão na última fase da "Operação Sem Desconto", deflagrada na semana passada pela Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira e seu sócio Edson Yamada, que foi dirigente do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), assinaram acordos com 10 associações investigadas no esquema bilionário de fraudes contra aposentados que arrecadaram R$ 1,9 bilhão com descontos indevidos.
Nesta última fase da "Operação Sem Desconto" foram presos três ex-dirigentes do INSS, incluindo o ex-presidente Alessandro Stefanutto. Por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), Oliveira passou a usar tornozeleira eletrônica. As informações são do portal Metrópoles. Dos 10 Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com entidades suspeitas, três foram assinados por Oliveira quando ele era diretor de Benefícios do INSS, departamento responsável por firmar as autorizações para as associações realizarem descontos.
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Outras sete entidades foram autorizadas a fazer descontos por Yamada, que ascendeu ao cargo quando Oliveira foi presidente do INSS e se manteve à época que o aliado foi ministro da Previdência de Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo após seu mandato, durante os primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Oliveira e Yamada são sócios na empresa de consultoria Oriente, que também conta com a filha do ex-ministro, Yasmin Ahmed Oliveira, no quadro societário. Yamada ainda doou R$ 15 mil para Oliveira quando ele tentou ser vereador de São Paulo pelo PSD, nas eleições de 2024.
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