Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em aeroporto no Paraguai; entenda o motivo

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, após romper a tornozeleira eletrônica ainda no Brasil. Silvinei Vasques foi condenado neste mês de dezembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado.

A prisão ocorreu enquanto o ex-diretor-geral da PRF tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, de acordo com o diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica ainda no Brasil, em Santa Catarina (SC), e viajou em direção ao Paraguai sem autorização judicial. Ele utilizava um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à sua identidade.

Com o rompimento do equipamento, foram disparados alertas nas fronteiras brasileiras, além de a adidância brasileira ter sido acionada no Paraguai. Silvinei foi abordado e preso pelas autoridades paraguaias.

O ex-diretor-geral da PRF foi detido, identificado e colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai. A audiência de custódia deve ocorrer na tarde desta sexta-feira (26). Em seguida, Silvinei Vasques deverá ser entregue às autoridades brasileiras.

Condenação por tentativa de golpe

No dia 16 de dezembro, Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, junto com outros três réus do “núcleo 2” da trama golpista. A sentença foi de 24 anos e 6 meses de prisão, em regime inicial fechado, e 120 dias-multa.

Entre os crimes denunciados, que motivaram a condenação dos quatro réus, estão: golpe de Estado; abolição do Estado Democrático de Direito; dano qualificado; deterioração do patrimônio tombado; e organização criminosa.