Ex-assessor de Bolsonaro tem prisão domiciliar decretada por Moraes
Supremo deve julgar na próxima semana o núcleo responsável por apresentar a chamada "minuta do golpe"
A Polícia Federal deflagrou, neste sábado, 27, uma nova fase das investigações sobre a tentativa de ruptura institucional ao cumprir dez mandados de prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, contra condenados ligados ao plano golpista. As medidas atingem investigados que integram os chamados núcleos 2, 3 e 4 da articulação.
A decisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorre um dia após a captura de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, detido no Paraguai quando tentava deixar o país utilizando documentos falsificados, com destino a El Salvador.
Entre os alvos das prisões domiciliares estão Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército Brasileiro, além de outros envolvidos no esquema investigado.
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Segundo a Polícia Federal, as ordens judiciais estão sendo executadas simultaneamente em oito unidades da federação: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. Em parte das diligências, há apoio logístico do Exército Brasileiro, conforme autorizado pelo STF.
A nova ofensiva reforça o avanço das investigações e o cerco judicial aos responsáveis por diferentes frentes da tentativa de golpe contra a democracia brasileira.