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Deputada do PL critica Galinha Pintadinha e Netflix: 'fábrica de militantes do PSOL'

A deputada também mostra publicações recentes do perfil oficial da Galinha Pintadinha para tentar embasar suas críticas

Estadão Conteúdo

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que o desenho infantil Galinha Pintadinha teria "caráter ideológico" e funcionaria como uma "fábrica de militantes do PSOL". No vídeo, divulgado em seu perfil no Instagram, a parlamentar mostra o que considera indícios de que o conteúdo da série seria "de esquerda".

A deputada também mostra publicações recentes do perfil oficial da Galinha Pintadinha para tentar embasar suas críticas. Em uma delas, a personagem participa de uma trend do Instagram chamada "músicas que não são do mesmo cantor". O vídeo compara a canção infantil "Borboletinha" a uma melodia semelhante ao hino comunista, em tom de brincadeira.

Em um dos questionamentos, diante das exposições, a parlamentar pergunta a fãs. "Você deixaria seu filho assistir a um desenho que defende a transição de gênero, critica o capitalismo e ainda exalta a União Soviética?".

Júlia ainda afirmou que produções culturais infantis fariam parte de um "plano para atacar a família e enfraquecer valores da sociedade".

No mesmo vídeo, Zanatta também critica a animação da Netflix Guardiões da Mansão do Terror (2022). "A Netflix também fez isso. Criou um desenho ensinando as crianças a questionarem seu sexo, se são meninos ou meninas, os dois sexos existentes", declarou. Em seguida, o vídeo exibe um trecho da produção em que um personagem se identifica como pessoa trans.

"Crianças pequenas estão sendo expostas a mensagens disfarçadas de diversão e quase ninguém percebe. Pais fiquem atentos! A educação pertence à família, não, a quem usa desenho para fazer propaganda", escreveu a parlamentar na legenda da publicação. O vídeo conta com mais de 300mil visualizações.

Após a repercussão, a parlamentar divulgou um novo desenho, que denominou "Galinha Armadinha", no qual a personagem "atira" em figuras como a "coruja da censura", "Lula cachaceira, que afundou a nação" e o "pavão da mídia, que distorceu a informação".

"Galinha Armadinha po po po, no galinheiro dela ninguém vai mandar", diz trecho da música.

Na legenda, Júlia Zanatta comentou sobre o incômodo que o primeiro vídeo gerou. "É engraçado - o meu vídeo é que está incomodando, e não o conteúdo do Instagram da marca, que se propôs a lacrar. O próprio social media da marca já disse que a personagem sempre foi 'woke'".

"Vale ressaltar que não estou falando como deputada, usando o poder do Estado para atacar a Galinha Pintadinha. Estou falando como mãe, que, junto com meu marido, @guilhermecolombosc, compartilha uma preocupação enquanto pais. Sei que muitos outros pais também não querem esse tipo de conteúdo sendo passado aos seus filhos", continuou.

"Quem debocha desse tipo de preocupação ignora o impacto dos esquemas linguísticos e simbólicos transmitidos através do que consumimos - e como isso contribui para a formação do imaginário, que é o ponto de partida para a compreensão da realidade e para a construção do conhecimento", concluiu a deputada.