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Defesa de Bolsonaro tem prazo até hoje (22/08) para explicar plano de asilo na Argentina

Advogados precisam esclarecer a Moraes documento encontrado pela PF que sugere tentativa de fuga do ex-presidente para país vizinho

Estadão Conteúdo

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve explicar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), até às 20h34 desta sexta-feira (22), o plano de pedir asilo político na Argentina. O documento foi descoberto pela Polícia Federal durante diligências.

Os esclarecimentos foram solicitados pelo ministro na noite de quarta-feira, 20, após o indiciamento da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ambos foram indiciados por coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito por suposta tentativa de interferência no julgamento da ação penal do golpe.

A defesa do ex-presidente nega planos de deixar o País. "Nunca ouvi falar de fuga para nenhum lugar. Nem Israel, nem Argentina. Nada. Tanto o celular dele quanto do principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, eram espaços onde inúmeras ideias chegavam e saíam sem nenhum juízo de valor e sem nenhuma apreciação", afirmou ao Estadão o advogado e ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten.

Após ouvir a defesa e a Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes decidirá sobre a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro.

Os investigadores apontam que o documento indica um planejamento de fuga para o país vizinho. A minuta do pedido de asilo foi elaborada em fevereiro de 2024, após a operação da Polícia Federal que investiga o suposto plano de golpe dos aliados do ex-presidente.

O arquivo digital, de 33 páginas, estava associado a Fernanda Bolsonaro, nome da esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). No cabeçalho do arquivo, o nome do presidente da Argentina, Javier Milei, foi grafado errado.