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Carne teve aumento de 32% em Belém no último ano

Aumentos pesam cada vez mais no bolso do consumidor

Eduardo Laviano

Já o preço da carne bovina segue em alta em Belém, segundo outro balanço do Dieese também divulgado nesta quinta-feira (30).

Em agosto de 2020, o quilo dos cortes coxão mole, chã, cabeça de lombo e paulista, por exemplo, foi comercializado em média em Belém a R$ 27,62. Em dezembro de 2020, já custava R$33,23.

Em maio de 2021 o valor já estava em R$35,79. A trajetória de alta seguiu em junho (R$36,28), julho (R$ 36,34) e agosto de 2021 (R$ 36,47).

Entre janeiro e agosto, o preço aumento em média 10%, acima da inflação registrada de 5,94% no Brasil segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Nos últimos doze meses, o valor ficou 32,04% mais caro, contra uma inflação de 10,42% no período.

Ana Paula Matos é organizadora de eventos e tem três filhos. Para ela, o preço da carne tem se tornado um peso difícil de contornar no orçamento.

"Hoje em dia sempre acabo excluindo uma coisa ou outra na cesta do supermercado porque penso no dinheiro da carne. E é toda carne, não tem aquela que você vê que está mais barata", afirma. 

No Brasil, o preço da carne aumentou 34,28% em 12 meses, conforme análise feita com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de julho. 

O governo federal avalia que a suspensão de importação de carne bovina brasileira pela China, em decorrência da confirmação de dois casos atípicos da doença conhecida como vaca louca, pode diminuir os prelos para o consumidor.

Em setembro, o Ministério da Agricultura confirmou dois casos da doença em frigoríficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT) e, em cumprimento a um protocolo sanitário, as exportações de carne bovina brasileira para a China estão suspensas.

O preço pode diminuir para os brasileiros porque, com a suspensão das vendas para o exterior, sobram mais produtos no Brasil.

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