MENU

BUSCA

Alepa vai discutir aumento de mais de 20% nas passagens para o Marajó

Apesar de reajuste estar previsto em resolução do Conerc, novo valor estava embargado

Roberta Paraense/Redação Integrada

Às vésperas do carnaval, no dia 9 de março, a única empresa que faz o serviço de balsa para o Marajó, anunciou o aumento de 20,75% no valor das passagens. O reajuste causou revolta na população local e nos empresários que levam mercadorias à região.Diante disso, o deputado estadual Fabio Figueiras (PSB) entrou com um requerimento, nessa quarta-feira (13), pedido uma sessão especial para debater o tema, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

A data da sessão ainda não está marcada. O objetivo do evento é reunir representantes da Agência de Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará – Arcon e da Secretaria de Transporte (Setran), as associação comerciais locais, parlamentares, sociedade civil e a empresa responsável pelo serviço para debater o impasse.  “Buscamos ouvir todos para ajudar a população local e achar uma solução contra esse aumento”, explica Fábio Figueiras.

As balsas são responsáveis por 90% dos insumos que chegam ao Marajó. Segundo o presidente da Associação Comercial de Soure, Wilen Moreira, com o aumento anunciado das tarifas, as mercadorias que chegam ao arquipélago ficariam mais caras, na região com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

O reajuste foi para as tarifas do transporte hidroviário por ferry-boat (linha Icoaraci-Camará) e de travessias por balsa entre Salvaterra e Soure e Salvaterra e Cachoeira do Arari. O aumento estava previsto em resolução do Conselho Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Conerc) desde 2017, mas havia sido suspenso por força de uma liminar concedida pela comarca de Cachoeira do Arari, em dezembro do ano passado.

O desembargador Luiz Gonzaga Neto derrubou a liminar concedida pelo juiz de Cachoeira do Arari, e autorizou a Henvil Transportes a cobrar o reajuste de 20,75%.

Política