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Via do Jurunas é interditada em manifestação contra ação policial que terminou em morte

Populares denunciam excessos e Batalhão Tático é chamado para dispersar manifestantes

Redação Integrada

Populares interditaram a avenida Bernardo Sayão, uma das principais vias do bairro do Jurunas, em Belém, no início da tarde desta sexta-feira (22), em protesto pela morte de um morador da área durante a ação de policiais militares. Os manifestantes tentaram chamar a atenção para o que consideraram uma atuação truculenta por parte da PM, mas os policiais disseram que precisaram reagir à resistência do suspeito.

 

Segundo o tenente-coronel Araújo, do 20º Batalhão (BPM), eles receberam a denúncia de que o Marcelo Alfaia Caldas estaria vendendo drogas na passagem Beira Mar, uma viela estreita que fica na avenida Bernardo Sayão. O homem e mais alguns suspeitos teriam reagido a uma abordagem policial, atirando em direção aos policiais e, por isso, Marcelo foi baleado e morto em uma troca de tiros.

Ainda de acordo com a polícia, depois de ferido, Marcelo foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme, onde foi constatado o óbito. Com ele teriam sido apreendidas uma arma e drogas ilícitas.

Contudo, moradores da rua não concordaram com ação e acusam os PMs de truculência. Após a morte de Marcelo, eles decidiram interditar a via usando pneus e pedaços de madeira incendiados para obstruir a passagem de veículos. A Polícia Militar interviu novamente e, com apoio do Batalhão de Policiamento Tático Operacional (BPOT), a Rotam, e conseguiu dispersar os manifestantes. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o foco de incêndio, e a interdição durou apenas alguns minutos. 

Viaturas da PM e Rotam permaneceram no local por cerca de duas horas para impedir que houvesse uma nova obstrução da avenida. "Estamos fazendo isso pra mostrar que eles não podem fazer isso, chegar assim, atirando, matando as pessoas", disse um morador, que não quis se identificar.

A Polícia permaneceu no local e reforçou a versão de que Marcelo, conhecido como "Bisteca", teria reagido à abordagem e por isso foi baleado. Ainda segundo o tenente-coronel Araújo, o homem tinha uma extensa ficha criminal, tendo sido preso algumas vezes por crimes como tráfico de drogas e roubo, além de estar em liberdade quando foi morto por meio de um alvará de soltura. 

Polícia