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Um ano depois, Seap faz balanço positivo do sistema prisional paraense

Estratégia de intervenção na unidades do estado garantiu retomada do controle, avalia o secretário

Victor Furtado
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Faz um ano desde que as 49 unidades prisionais do Pará passaram por uma intervenção em múltiplas frentes. Foi uma estratégia de padronização de estruturas, procedimentos, disciplina e condições mais humanizadas de atendimento aos apenados. As medidas contaram com apoio da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), os resultados são positivos.

"Reformas nas unidades prisionais, implementação de ações rotineiras de saúde, intensificação dos cursos de capacitação e cumprimento da Lei de Execução Penal para garantia dos direitos das pessoas privadas de liberdade estão entre as principais mudanças. Uniformizados e convivendo em um ambiente digno para o cumprimento de pena, os custodiados têm uma permanência segura e humanizada no sistema", aponta a Seap, em nota.

 

Titular da Seap, Jarbas Vasconcelos, afirma que o sistema prisional paraense está em paz e sob total controle do governo. "Quanto mais a polícia prendia, mais o crime ficava forte. Agora mudou. Foi no dia 5 de agosto de 2019 que este caos social teve fim. O crime foi desalojado das cadeias e desarticulado fora dela. Hoje, o Pará é o segundo Estado com a maior redução de violência nos últimos 12 meses", diz.

"No dia 28 de julho deste ano, concluímos uma guerra de 360 dias de luta pelo bem: tomamos a última unidade prisional das mãos do crime. Hoje as 49 unidades prisionais são comandadas pelo Estado e estão em paz. O povo do Pará está em Paz", garante Jarbas.

Nesse período, a Seap, a FTIP e outros órgãos do estado promoveram cursos profissionalizantes destinados aos internos. Entre eles, manutenção de roçadeira, primeiros-socorros, garçom e confecção de bolsas. Limpeza de canais e desobstrução de vias, pavimentação urbana e sinalização nas paradas de ônibus são outras atividades em que o sistema prisional contribui com a sociedade. Os apenados, pelo trabalho, começam a se ressocializar.

Atualmente, cada unidade prisional tem pessoas privadas de liberdade trabalhando, ligadas à manutenção da unidade, com reparos, soldas, serviços elétricos e hidráulicos, na construção civil, além de limpeza, higiene, lavagem de uniformes e desinfecção de espaços.

Agente de execução penal federal e colaborador da Seap, Maycon Rottava ressalta que os esforços resultaram no alcance direto na redução do índice de criminalidade e homicídios da região.

"A redução se deu pelo controle dos estabelecimentos penais, pelo corte do contato com o externo e pela separação das ditas lideranças do crime organizado. Com uma atuação em conjunto com as demais forças da segurança pública do Estado e da União, conseguimos alcançar e avançar cada vez mais para uma segurança pública melhor e mais eficaz, buscando, principalmente, o reingresso das pessoas privadas de liberdade à sociedade. Essa é a atribuição e o objetivo de um policial penal, não só do Estado do Pará, mas de todo o Brasil", analisou Maycon.

O Pará, afirma a Seap, é referência em qualidade no sistema penitenciário do Brasil. Resultado disso, além do reflexo na sociedade, com a redução da criminalidade, é a contribuição de profissionais capacitados em missões nacionais. O I Curso de Ações Penitenciárias formou 15 servidores, entre eles, dez agentes penitenciários, que foram escolhidos para atuar no Estado de Roraima e representar o Pará.

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