Segup confirma que reunião com movimento pró-PMs não acontecerá
Encontro no Palácio do Governo foi suspenso porque condições não teriam sido acatadas
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) confirmou que não fará a reunião que estava marcada para a manhã desta quarta-feira (29) com as representantes do movimento da Associação das Esposas dos Policiais Militares e Bombeiros Militares, no Palácio do Governo.
A decisão foi comunicada no final dessa terça-feira no ofício número 942/2019, emitido pelo gabinete do títular da Segup. No ofício, o secretário Ualame Machado justifica o cancelamento da reunião pelo "não atendimento", por parte da associação, "das condições previstas" para o encontro.
Machado ressalta que uma das condições era a desocupação e liberação integral do 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM) para serviço. Hoje, porém, é o terceiro dia marcado por atos realizados por familiares de policiais militares, que bloqueiam as atividades do 2º BPM.
De acordo com a assessoria de comunicação da Segup, o Governador reuniu com as integrantes da associação na última semana e um novo encontro estava confirmado para hoje (29), mas pelo descumprimento parcial do acordo entre eles, foi cancelado.
"O que aconteceu é que o Governador recebeu as esposas dos mililtares na semana passada e aceitou recebê-las novamente hoje, às 8h. Porém, houve o pedido para que elas, além de liberar a via pública, liberassem também a saída dos militares do 2º BPM. Elas liberaram as vias, porém, não foi liberada a saída dos policiais e, por esta condição não ter sido respeitada por elas, a reunião foi suspensa" informou uma das assessoras da secretaria.
Questionada se as manifestações não prejudicam o policiamento e, por consequência, a segurança na área, a Segup garante que o serviço está recebendo apoio de outros batalhões e está normalizado.
ATOS DA ASSOCIAÇÃO
Os atos que ocorrem em frente ao 2º BPM cobram medidas para a garantia de segurança do trabalho dos militares nas ruas - e também estão relacionados à série de prisões efetuadas após a abertura de inquérito que apura a chacina do Guamá, ocorrida em 19 de maio, e que resultou na execução de 11 pessoas em um bar da passagem Jambu, na Grande Belém.
O caso apurado pela Polícia Civil envolve oito acusados. Quatro deles são militares da ativa e da reserva da PM.