Promotoria Militar investiga PM suspeito de forjar tráfico de drogas durante abordagem em Salinas
Por meio de um comunicado, a defesa do militar diz que “não houve excessos” durante a abordagem, assim como também não existiu a tentativa de “forjar” uma situação ilícita para o rapaz abordado
Um vídeo que começou a circular nas redes sociais nesta segunda-feira (22) mostra o momento em que um policial militar à paisana e armado faz uma abordagem e, supostamente, coloca entorpecentes nos bolsos de um rapaz na tentativa de incriminá-lo. O caso teria ocorrido no último domingo (21), no município de Salinópolis, nordeste paraense, e será investigado pela Promotoria de Justiça Militar. Por meio de um comunicado, a defesa do militar diz que “não houve excessos” durante a abordagem, assim como também não existiu a tentativa de “forjar” uma situação ilícita para o rapaz.
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A mulher que está filmando sugere que o policial pega entorpecentes para colocar forçadamente nos bolsos do rapaz. “Ele vai querer forjar alguma coisa nele, olha. Olha lá ele com um negócio na mão”, narra. A voz de um homem também aparece no vídeo. Ele diz: “Vai querer botar no cara”. As duas vozes gritam, juntas: “Ei, está filmando aqui. O cara não tem nada. Está botando coisa no cara aí. Não tem nada no bolso dele. Estamos filmando tudinho”. Mas o policial não percebe. Em seguida, ele aparece falando ao telefone. A gravação se encerra e não é possível ver o desfecho do caso.
No entanto, a defesa do policial militar diz ainda que uma viatura foi acionada para conduzir o rapaz até a Delegacia de Polícia Civil de Salinópolis. “Em sede policial, o nacional confessou que estava observando a residência do policial militar e tirando fotos”, alega a defesa.
Sobre as supostas drogas colocadas nos bolsos do rapaz, a defesa informa que esta é uma “acusação sem fundamento, pois no momento em que o policial militar adentra o veículo, foi tão somente para pegar o telefone celular e pedir um apoio para a viatura mais próxima da abordagem para realizar os procedimentos legais da ocorrência”.
A reportagem de O Liberal entrou em contato com as polícias Militar e Civil para checar mais detalhes sobre o ocorrido, mas ainda não teve retorno.