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Professora cimentada: mais duas pessoas são suspeitas de envolvimento no homicídio, diz polícia

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende de Almeida, confirmou a suspeita nesta quarta-feira (17). Segundo ele, não teria como o sobrinho e a ex-mulher executarem todo crime

O Liberal

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende de Almeida, informou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17) que possivelmente mais duas pessoas podem estar envolvidas na morte da professora Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos. Ela foi assassinada a facadas no dia 13 de julho supostamente pelo próprio sobrinho. Luiz Reginaldo Santos Mendonça, de 45 anos, e a ex-esposa Jessyca Aniele de Araújo Silva, 28 anos, foram presos nesta quarta e apresentados na Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, apontados de participação no crime. Eles deverão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Jessyca confessou o crime, mas Luiz nega a participação. A mulher teria contratado os pedreiros para cimentarem o piso onde a idosa estava inumada. O corpo foi achado por policiais no domingo 31 de julho a um metro de profundidade do solo e enrolado numa rede em um calçamento construído no quintal de uma casa localizada na passagem Honorato Filgueiras, próximo à avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás, em Belém.  O motivo do homicídio, de acordo com Jessyca, teria sido uma casa deixada pelo avó de Luiz que supostamente seria somente dele e foi divida entre a família. 

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Durante a coletiva, o delegado-geral foi perguntado se mais alguém teve participação no assassinato. Ele respondeu que sim. “É provável que mais duas pessoas estejam envolvidas ao analisarmos a dinâmica do crime. Porque para matar e enterrar em uma noite, não seria apenas um casal. Teria uma terceira pessoa. Jessyca confessou o crime e deu todos os detalhes desde a preparação até a execução. Ela mesma entregou os comprovantes de transferências bancárias e afirma que tem uma terceira pessoa”, disse o delegado-geral. 

O delegado e diretor da DH, Cláudio Galeno, deu mais detalhes sobre o caso e um dos motivos do homicídio. “O Luiz, sobrinho da professora Maria Mendonça, argumentava com a Jessyca de que uma das motivações que faria com ele assassinasse a tia era o fato de uma herança, uma casa em Salinas, que era do avô, ou seja, pais da professora. Ele tinha prometido para o Reginaldo que quando ele morresse a casa seria somente do sobrinho da vítima. Só que, ao avô falecer, houve a partilha de bens e ao Reginaldo coube apenas uma pequena parte do valor total. Isso, segundo a Jessyca, teria sido o motivo pelo qual o sobrinho articulou o assassinato da tia. A ex-esposa faz uma delação dizendo que os filhos estavam doentes, mas Luiz tinha comprado os remédios.  Ele pediu que a Jessyca fosse pegar os medicamentos na casa da professora na noite do dia 13 de julho. Ela chegou lá e deparou com a professora. Ambas conversaram, mas logo Luiz chegou e atacou a idosa a facadas”, comentou Galeno.

No início da noite, Jessyca foi colocada numa viatura da PC para ser encaminhada à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Porém, no meio do caminho, ela conversou com a imprensa sobre a sua participação no crime. “Só assisti o sobrinho (Luiz) esfaqueando a senhora, mas não tive nada a ver com o assassinato dela. Não pude impedir. Fui ameaçada por ele e permaneço até hoje. Até quando eu convivia com ele e as crianças.  Eu ficava só hematomas e os meus filhos também. A primeira vez que ele preso ele negou e vai sempre negar. O Luiz não vai contar a verdade. Ele não queria que eu contasse a verdade, mas eu tenho que falar. Já fui intimada e não podia guardar isso só pra mim. Ele mesmo me passou o dinheiro. Ele mandou eu ficar calada e me mandou embora para o Maranhão”, contou aos jornalistas bastante abalada. 

Segundo a polícia, Luiz já respondia o crime de violência doméstica contra Jessyca. Ela icará na SEAP, onde permanece à disposição da Justiça. 

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