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População de Vigia cobra justiça para adolescente baleada na boca por marinheiro em motel

Os principais suspeitos do crime são dois militares da Marinha do Brasil, que estavam de serviço em Vigia.

Byanka Arruda

Dezenas de pessoas participaram de um protesto em Vigia, no nordeste do Pará, na noite desta terça-feira, 26, para pedir justiça à adolescente de 15 anos que foi baleada na boca por um marinheiro na semana passada, dentro de um motel da localidade.

Com faixas e cartazes, os manifestantes lembraram dos casos de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, mas pediam, principalmente, punição para os envolvidos no baleamento da jovem.

A manifestação terminou em frente à Câmara Municipal de Vigia, com um apelo aos vereadores para que dediquem mais atenção ao caso.

A população pediu ainda que seja criada, em Vigia, uma sala especial para o atendimento exclusivo de mulheres vítimas de violência dentro da delegacia.

Relelmbre o caso:

A adolescente de 15 anos foi baleada no rosto dentro de um motel, localizado na cidade de Vigia, no nordeste paraense, no dia 15 de abril. Após receber atendimento em uma unidade de saúde do município, a adolescente foi transferida para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua. O estado de saúde dela é considerado grave, uma vez que a bala se encontra alojada no pescoço, afirmam os familiares.

Os principais suspeitos do crime são dois militares da Marinha do Brasil, que estavam de serviço em Vigia. Um deles, Gabriel Norberto de Almeida Lobo, que teria dado um tiro dentro da boca da adolescente, foi autuado em flagrante e está à disposição do Poder Judiciário. Uma segunda adolescente de 14 anos estaria no local e teria presenciado o fato. Ela não ficou ferida.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o outro marinheiro, identificado apenas como Diógenes, conseguiu fugir do local, não tendo sido localizado até o momento.

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