Polícia Civil solta suspeitos pelo assassinato de adolescente, em Pacajá
A decisão foi tomada pelas autoridades policiais após o novo desdobramento sobre o caso
O caso da morte violenta de Gabriela Lopes, adolescente de 17 anos que foi assassinada na madrugada do último dia 11 de setembro, em Pacajá, Sudoeste do Pará, ganhou um novo desdobramento. A Polícia Civil soltou os dois homens que foram presos, ainda na semana do crime, suspeitos de terem envolvimento no assassinato da vítima. A liberação ocorreu devido a finalização do prazo da prisão temporária e a prisão de um vizinho da vítima, que confessou o crime.
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Os suspeitos foram capturados três dias após o corpo de Gabriela ser encontrado, ainda em setembro. Eles permaneceram presos e aguardavam o fim das investigações. No entanto, conforme a Polícia Civil, após finalização do prazo da prisão temporária, foram soltos. A PC não informou, no entanto, quando ocorreu a liberação dos dois suspeitos. Somando-se a isso, também ocorreu a prisão de Irailton Pereira da Silva, vizinho que teria confessado a autoria do assassinato da adolescente.
Vários indícios levaram a polícia até os dois suspeitos iniciais, mas o principal motivo da prisão deles logo após a morte de Gabriela foi o celular da vítima, que foi encontrado com os suspeitos e eles estariam tentando vender o aparelho. Os relatos de testemunhas, que teriam ajudado a polícia a chegar até os suspeitos, seria de que os homens estavam rondando a casa da adolescente dias antes do crime e que um dos homens havia se hospedado em um hotel na cidade.
Conforme o portal Confirma Notícia, o delegado responsável pelo caso teria chegado a comentar a situação dos dois.
“As testemunhas relataram que presenciaram os suspeitos oferecendo um celular. Lá na casa, o autor cometeu o homicídio e subtraiu um celular da vítima. E no dia seguinte as testemunhas relataram que os suspeitos estavam oferecendo um celular. Somado a isso, as testemunhas confirmaram que viram dois indivíduos andando nas proximidades da casa da vítima e um dos suspeitos estava hospedado em um hotel”, declarou Robson Mendes, Superintendente de Polícia Civil da região do Lago.
Investigação
A prisão dos homens não havia encerrado o caso. A Polícia Civil continuou as apurações para entender a dinâmica do crime e como tudo ocorreu durante a madrugada em que Gabriela foi estrangulada, morta e abusada.
Na última sexta-feira (10), Irailton foi preso após confessar ter matado Gabriela. O suspeito, que é vendedor de picolé em Pacajá, teria se entregado depois de, supostamente, ‘não aguentar mais esconder o crime’. O caso ganhou grande repercussão na cidade e diversos moradores que conheciam o suspeito relataram que Irailton teria o comportamento tranquilo e nunca havia se envolvido em confusão.
Ainda não há detalhes sobre o depoimento onde Irailton confessou o crime. Após ser ouvido na delegacia de Pacajá, ele foi transferido para o presídio em Tucuruí.
Em nota enviada à Redação Integrada de OLiberal, a Polícia Civil informa que “deu cumprimento ao mandado de prisão temporária contra um homem suspeito pelo crime, ocorrido em setembro deste ano. Ele confessou e está à disposição da justiça. Outros dois suspeitos, após finalização do prazo da prisão temporária, foram soltos. A PC continua investigando o caso sob sigilo”.