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PM do Pará é preso em Santa Catarina suspeito de estrangular e matar vizinha a facadas

O militar paraense, de 34 anos, estava na condição de desertor há dois meses e usava uma identidade falsa para morar em Blumenau

O Liberal

Um policial militar do Pará foi preso em Santa Catarina (SC), suspeito de invadir a casa da vizinha, estrangular e matar a vítima com golpes de faca. O investigado foi detido na noite da terça-feira (6) pela Delegacia de Homicídios do Departamento de Investigações Criminais (DIC) de Blumenau sob a suspeita de feminicídio. O crime aconteceu na noite de domingo (4), quando a venezuelana Raibelys Del Valle Quintana Forti, de 21 anos, estava sozinha na casa em que morava com o marido, no bairro de Água Verde.

Segundo a Polícia Civil de SC, o militar paraense de 34 anos estava na condição de desertor há cerca de dois meses, desde o término de suas férias, passando a morar na cidade de Blumenau usando uma identidade falsa. O PM foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva.

“O suspeito era vizinho da vítima há cerca de dois meses. Segundo as investigações, ele aproveitou-se da ausência do marido da vítima — que havia saído para levar um amigo embora — para invadir a quitinete onde ela morava e matá-la, utilizando golpes de faca e provocando asfixia por estrangulamento. Os motivos do crime ainda são desconhecidos”, informou a PC de SC.

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Ainda conforme a PCSC, com base nos elementos colhidos durante a investigação, o Delegado de Polícia representou pela prisão preventiva do PM suspeito, medida deferida pelo Poder Judiciário após manifestação favorável do Ministério Público.

“O homem se apresentou espontaneamente na sede do Departamento, onde foi interrogado, negando a autoria do crime”, apontou. Conforme as informações policiais, o suspeito alegou que não estava em casa no momento do assassinato e citou um passeio com uma amiga como álibi. No entanto, ao checar a versão com a mulher, os agentes teriam constatado a mentira. O suspeito, inclusive, estava machucado, com uma lesão supostamente feita pela vítima ao tentar se defender do ataque, mas teria dito que foi assaltado para justificar as lesões.

“Em razão da situação de flagrância pelo crime militar de deserção, a Polícia Militar foi acionada, assumindo a custódia do preso e a responsabilidade pelos procedimentos cabíveis no âmbito militar. O suspeito foi encaminhado ao Batalhão da Polícia Militar, onde permanece à disposição da Justiça”, disse a PCSC.

Investigação

“As investigações prosseguem para esclarecer a motivação do crime, apurar eventual participação de outras pessoas, bem como para a conclusão dos laudos periciais”, afirmou a PCSC. O militar paraense era vizinho de Raibelys e do marido dela há dois meses, como ele teria relatado em interrogatório. Já a vítima, que veio da Venezuela, morava em Blumenau há sete anos.

Uma das hipóteses apuradas pela polícia é que o suspeito pretendia estuprar a jovem. No entanto, ela se defendeu e acabou morta, esfaqueada e estrangulada. Com o homicídio, o suspeito teria furtado um notebook e uma arma de pressão. O computador foi abandonado na região de mata atrás do imóvel e a arma ainda não foi encontrada.

Por nota, a Polícia Militar do Pará confirmou que "o militar está preso na cidade de Blumenau (SC), é considerado desertor e responde a processo disciplinar que avaliará sua permanência na corporação. A instituição reforça que não compactua com desvios de conduta de seus agentes".

Polícia